A empresa Borealis tem vindo a ser alvo de alguns processos de reestruturação, que têm tido como consequência a redução de postos de trabalho, o encerramento de uma das unidades de produção, o recurso de outsourcings, o que tem causado alguma insegurança nos trabalhadores, alguns dos quais ligados à Borealis há cerca de 25 anos.
Entretanto, na sequência de uma audiência com o Sindicato dos Trabalhadores da Química, Farmacêutica, Petróleo e Gás do Centro, Sul e Ilhas, a deputada Heloísa Apolónia, do Grupo Parlamentar «Os Verdes», em requerimento ao Governo, manifestou a preocupação dos trabalhadores relativamente ao desempenho ambiental e laboral da empresa.
«Uma das questões que tem preocupado os trabalhadores prende-se com a saúde e segurança no trabalho, na medida em que inalam com frequência substâncias perigosas e que temem que este facto se reflicta a curto e a médio prazo na sua saúde, não tendo a empresa em vigor mecanismos seguros de prevenção de doenças», alerta o requerimento dos ecologistas.
Para além disso, continuam, «os sistemas de escoamento de resíduos da produção parecem estar bastante degradados, pela acidez das substâncias, o que têm implicações bastantes graves na contaminação dos solos».
Preocupados com tal situação, o Grupo Parlamentar «Os Verdes» interrogou o Ministério das Cidades, do Ordenamento do Território e do Ambiente acerca do «destino que, neste momento, é dado aos resíduos da empresa Borealis?», «em que estado de conservação se encontram os sistemas de escoamento da empresa?» e «que tipo de análises de solo são feitas, e com que regularidade?»