O PCP requereu a presença do Ministro da Defesa no Parlamento para prestar esclarecimentos sobre o Conceito Estratégico Militar. O pedido de audição foi formalizado anteontem em carta ao presidente da Comissão de Defesa Nacional. O Grupo comunista entende que a importância do Conceito Estratégico Militar, enquanto documento relativo às Forças Armadas, e não obstante a sua natureza reservada (e até por isso), não pode passar à margem da Assembleia da República.
Daí o pedido de comparência do ministro Paulo Portas na comissão parlamentar, tanto mais que, relativamente a esta matéria, como sublinhou António Filipe em declarações ao Avante!, a sua conduta neste processo foi pautada em termos de muito duvidosa legalidade que ferem a igualdade de tratamento entre os partidos e o relacionamento institucional, o que motivou fundadas críticas dos comunistas. Com efeito, a pretexto da reserva do assunto, Portas confinou a sua abordagem apenas ao PS, dele arredando sem explicação nem motivo legal todos os restantes partidos da oposição.