Restituir a soberania
O Parlamento aprovou votos da maioria e do PS de congratulação pela detenção de Saddam Hussein, com
o PSD e o CDS-PP a rejeitarem o voto comunista sobre idêntica matéria.
Justificando o seu «chumbo» ao voto do PCP a maioria de direita invocou a alegada ausência de congratulação dos comunistas pela prisão do ditador iraquiano» e o facto de «apenas» apelarem a uma maior intervenção das Nações Unidas no Iraque.
«Felizmente no PCP não precisamos de fazer prova de repúdio em relação à ditadura sanguinária de Saddam Hussein porque não descobrimos que ele era um
ditador apenas quando os Estados Unidos decidiram que Saddam deixou de ser um aliado», reagiu, de pronto, o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, antes de denunciar o apoio dos norte-americanos ao Iraque na década de 80.
Apoio esse de carácter político e militar, oriundo também de outras potências ocidentais, que o regime de Saddam Hussein, como recorda o voto apresentado pelo PCP, soube utilizar para levar a cabo uma «política de crimes e agressões» que tiveram a sua expressão inicial no «brutal massacre dos comunistas iraquianos e na agressão ao Irão».
O líder da bancada comunista acrescentou que «a prisão de Saddam Hussein não apaga o carácter ilegítimo da invasão do Iraque, à margem e em violação do direito internacional, nem o inaceitável envolvimento de
Portugal nesta acção».
E por isso, após considerar que a «conflitualidade e violência existente no Iraque» são indissociáveis do «descontentamento, mal estar e revolta» provocados pela «ocupação estrangeira», o voto do PCP apelava às Nações Unidas e a toda a comunidade internacional no sentido da intensificação de «acções e iniciativas com vista a uma pronta restituição aos iraquianos da sua plena soberania e dignidade nacionais», o que pressupõe necessariamente «o fim da ocupação militar daquele país e da rapina dos seus recursos e riquezas».
o PSD e o CDS-PP a rejeitarem o voto comunista sobre idêntica matéria.
Justificando o seu «chumbo» ao voto do PCP a maioria de direita invocou a alegada ausência de congratulação dos comunistas pela prisão do ditador iraquiano» e o facto de «apenas» apelarem a uma maior intervenção das Nações Unidas no Iraque.
«Felizmente no PCP não precisamos de fazer prova de repúdio em relação à ditadura sanguinária de Saddam Hussein porque não descobrimos que ele era um
ditador apenas quando os Estados Unidos decidiram que Saddam deixou de ser um aliado», reagiu, de pronto, o líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, antes de denunciar o apoio dos norte-americanos ao Iraque na década de 80.
Apoio esse de carácter político e militar, oriundo também de outras potências ocidentais, que o regime de Saddam Hussein, como recorda o voto apresentado pelo PCP, soube utilizar para levar a cabo uma «política de crimes e agressões» que tiveram a sua expressão inicial no «brutal massacre dos comunistas iraquianos e na agressão ao Irão».
O líder da bancada comunista acrescentou que «a prisão de Saddam Hussein não apaga o carácter ilegítimo da invasão do Iraque, à margem e em violação do direito internacional, nem o inaceitável envolvimento de
Portugal nesta acção».
E por isso, após considerar que a «conflitualidade e violência existente no Iraque» são indissociáveis do «descontentamento, mal estar e revolta» provocados pela «ocupação estrangeira», o voto do PCP apelava às Nações Unidas e a toda a comunidade internacional no sentido da intensificação de «acções e iniciativas com vista a uma pronta restituição aos iraquianos da sua plena soberania e dignidade nacionais», o que pressupõe necessariamente «o fim da ocupação militar daquele país e da rapina dos seus recursos e riquezas».