Sábado, em Lisboa e no mundo

Juntos contra a ocupação do Iraque

Um conjunto vasto de organizações promove no próximo sábado, pelas 15 horas, no Largo de Camões, uma concentração contra a ocupação do Iraque.

No sábado, realizam-se acções em mais de 100 cidades do mundo

No próximo sábado, volta às ruas de várias cidades do mundo a rejeição da guerra e da ocupação do Iraque. Será nesse dia que pela primeira vez os principais movimentos pela paz dos Estados Unidos estarão unidos em torno de uma plataforma comum, que convocou para a capital Washington uma grande manifestação com o objectivo de demonstrar o crescente descontentamento popular à política da administração Bush para o Iraque e médio oriente. Em várias cidades europeias, estão previstas acções. Lisboa e Porto não serão excepção.
O Porto associa-se ao protesto, através de uma concentração, promovida pelo Movimento pela Paz, na praça da Batalha, às 15 horas.
Em Lisboa, a concentração é no Largo do Camões, também às 15. As organizações promotoras exigem o fim da ocupação do Iraque, a devolução da soberania ao povo iraquiano e o cancelamento do envio do contingente da GNR.
As organizações lembram no folheto de apelo à concentração que a guerra e posterior invasão foram justificadas pela alegada existência de armas de destruição massiva no país, bem como pela ligação do regime iraquiano à Al-Qaeda. «Seis meses volvidos nenhuma destas alegações se confirmou», afirma o apelo. Apesar disto, a ocupação mantém-se e todos os dias se verificam confrontos militares, apesar de os EUA terem declarado que a guerra terminou em 1 de Maio.
Conscientes do seu isolamento, destaca o apelo, os EUA empreenderam novas manobras para envolver países que se opuseram à invasão. As organizações promotoras lembram também o agravamento da situação na Palestina, onde os EUA apadrinham a política militarista de Ariel Sharon, de que é exemplo recente o bombardemento à Síria, que torna a situação ainda mais explosiva.
A decisão do Governo português de enviar forças da GNR coloca mais uma vez o País em confronto com a legalidade internacional e é contrária aos interesses nacionais, afirmam as organizações.

Organizações promotoras

Associação 25 de Abril • Associação das Colectividades do Concelho de Lisboa • Assoc. Inquilinos Lisbonenses • Associação Portuguesa de Deficientes • Associação Promotora dos Direitos Humanos • Associação de Amizade Portugal Cuba • Associação de Estudantes da Faculdade de Ciências de Lisboa • Associação do Reencontro dos Emigrantes • ATTAC Portugal • Casa do Alentejo• Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto • CGTP-IN • Comissão Coordenadora das Comissões de trabalhadores de Lisboa • Colectivo Solidariedade Abu Jamal • Comissão de Paz do Seixal • Comissão de Paz de Almada • Confederação dos Quadros Técnicos e Científicos • Conselho Português para a Paz e Cooperação • Frente Anti-Racista • Federação dos Sindicatos do Sector da Pesca •Federação dos Sindicatos Ind. Cerâmica Cimento e Vidro de Portugal • FENPROF • FEQUIMETAL • Associação Intervenção Democrática • INTERJOVEM Lisboa • Juventude Comunista Portuguesa • Movimento Democrático de Mulheres • MURPI • Opus Gay • Olho Vivo • Partido Comunista Português • Partido Ecologista «Os Verdes» • Solidariedade Anti Imperialista • Sind. da Função Pública • Sind. Metalúrgicos de Lisboa • Sind. da Hotelaria do Sul • Sind. da Alimentação e Tabacos do Sul • Sind. das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas • Sindicato da Marinha Mercante • Sind. Trab. da Indústria Vidreira • Sind. Nacional Trab. dos Correios e Telecomunicações • Sind. da celulose, papel e imprensa • Sind. Trab. da aviação e aeroportos • Sind. Trab. Município de Lisboa • Sind. Trab. Textêis Lanif. e Vest. do Sul • Sociedade de Instrução e Recreio Barreirense «Os Penicheiros» • SOS Racismo • Sindicato dos Professores da Grande Lisboa • Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local • União de Sindicatos de Lisboa • União de Sindicatos de Setúbal • Voz do Operário.


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