Geração hipotecada
O relatório anual do Fundo da Nações Unidas para a População (FNUAP), apresentado quarta-feira da semana passada, traça um cenário sombrio sobre a situação social da população mundial e apela aos governos para que tomem medidas urgentes.
Este ano especialmente dedicado às gerações mais jovens, o levantamento intitulado «A situação da População Mundial 2003», revela que 25 por cento da população jovem de todo o mundo– cerca de 240 milhões de pessoas – sobrevive com «limitações impostas pela pobreza extrema», um quadro particularmente alarmante nos países subdesenvolvidos, que albergam mais de 87 por cento dos adolescentes.
Sem tecto, a viverem na rua votados à marginalidade e à mendicidade encontram-se quase 250 milhões de crianças que, quando chegam ao escalão etário entre os 15 e os 24 anos, engrossam a categoria dos cerca de 160 milhões de jovens analfabetos.
A nível da saúde e da profusão de epidemias os dados divulgados no documento são igualmente preocupantes, uma vez que «de 14 em 14 segundos, uma jovem é infectada pelo HIV, sendo que os jovens representam quase metade dos novos casos de infecção».
A maternidade precoce e a mortalidade infantil são, ainda, alguns dos resultados explorados, demonstrando que na América Latina, Ásia e África o futuro está hipotecado.
Cerca de 82 milhões de raparigas casam-se entre os 10 e os 17 anos de idade e, constituindo as principais vítimas da violência e da exploração sexual são, entre os 15 e os 19 anos, responsáveis por mais de um quarto das interrupções de gravidez em todo o mundo.
No continente africano a mortalidade infantil aumenta assustadoramente, existindo países, como a Serra Leoa, onde metade dos nados vivos não chegam a completar os seis anos.
No final, o documento incita os governos a investirem na educação e na saúde e recorda que a organização ainda aguarda a disponibilização dos 18,5 mil milhões de dólares, acordados em 1994 na Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, de financiamento de programas em áreas da saúde reprodutiva e da população.
Este ano especialmente dedicado às gerações mais jovens, o levantamento intitulado «A situação da População Mundial 2003», revela que 25 por cento da população jovem de todo o mundo– cerca de 240 milhões de pessoas – sobrevive com «limitações impostas pela pobreza extrema», um quadro particularmente alarmante nos países subdesenvolvidos, que albergam mais de 87 por cento dos adolescentes.
Sem tecto, a viverem na rua votados à marginalidade e à mendicidade encontram-se quase 250 milhões de crianças que, quando chegam ao escalão etário entre os 15 e os 24 anos, engrossam a categoria dos cerca de 160 milhões de jovens analfabetos.
A nível da saúde e da profusão de epidemias os dados divulgados no documento são igualmente preocupantes, uma vez que «de 14 em 14 segundos, uma jovem é infectada pelo HIV, sendo que os jovens representam quase metade dos novos casos de infecção».
A maternidade precoce e a mortalidade infantil são, ainda, alguns dos resultados explorados, demonstrando que na América Latina, Ásia e África o futuro está hipotecado.
Cerca de 82 milhões de raparigas casam-se entre os 10 e os 17 anos de idade e, constituindo as principais vítimas da violência e da exploração sexual são, entre os 15 e os 19 anos, responsáveis por mais de um quarto das interrupções de gravidez em todo o mundo.
No continente africano a mortalidade infantil aumenta assustadoramente, existindo países, como a Serra Leoa, onde metade dos nados vivos não chegam a completar os seis anos.
No final, o documento incita os governos a investirem na educação e na saúde e recorda que a organização ainda aguarda a disponibilização dos 18,5 mil milhões de dólares, acordados em 1994 na Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento, de financiamento de programas em áreas da saúde reprodutiva e da população.