Do Intendente aos Anjos
Este «Actual» faz-se de factos e incidências da vida da «polis» (cidade) e dos problemas que no quotidiano se abatem sobre as suas populações.
Vem a propósito da situação numa zona antiga e central de Lisboa, entre os Anjos e o Intendente, onde vivem populações envelhecidas e empobrecidas e, desde há muito, se acumulam significativas debilidades estruturais e sociais da cidade: degradação urbanística e carência de equipamentos básicos - de saúde, ensino, apoio social, associativos, de desporto, tempos livres e ocupação da juventude -, um tecido económico em recessão, prostituição e marginalidade, insegurança pública, etc.
As autarquias, no mandato da coligação que integrava o PCP, fizeram muito, no quadro das dificuldades conhecidas, para resolver os problemas acumulados.
Mas hoje em dia, com este Governo e o acinte das suas políticas de concentração de riqueza, recessão económica, desemprego e regressão social, e com esta Câmara de maioria de direita, vários projectos de intervenção ficaram por concretizar e descambou o caldo de cultura dos problemas sociais.
Estamos face a uma rápida e acentuada degradação da situação, com a toxicodependência instalada em massa na zona, novo surto de prostituição, fixação de imigrantes desinseridos e carenciados e problemas de violência e xenofobia.
E, neste quadro, o executivo de Santana Lopes, gerindo a putativa candidatura a Belém, procura passar pela desgraça sem se «sujar», limitando-se ás medidas minimas: fechou o Largo do Intendente ao estacionamento, para evitar que sirva de coio ao tráfico de drogas, e afastou os consumidores, a que permitiu um apoio reduzido. Assim a toxicodependência diluíu-se pela zona, de quarteirão em quarteirão.
A Câmara fugiu às responsabilidades de intervir ao seu nível e reivindicar do Governo os meios e a acção para enfrentar o conjunto dos problemas na sua complexidade.
O Governo, esse o que quer é fazer constar que nada disto lhe diz respeito e que estamos no melhor dos mundos, ou pelo menos a caminho, que a retoma já está aí a «rebentar».
E cumpre ao PCP a denúncia e a proposta. É urgente uma estrutura de intervenção multidisciplinar na zona, da responsabilidade do Governo, com o apoio municipal e a participação das populações. É essencial uma acção integrada e continuada, dotada dos meios e da vontade política à altura da dimensão e gravidade dos problemas.
Do Intendente aos Anjos, por direitos de cidadania e pela justiça social.
Vem a propósito da situação numa zona antiga e central de Lisboa, entre os Anjos e o Intendente, onde vivem populações envelhecidas e empobrecidas e, desde há muito, se acumulam significativas debilidades estruturais e sociais da cidade: degradação urbanística e carência de equipamentos básicos - de saúde, ensino, apoio social, associativos, de desporto, tempos livres e ocupação da juventude -, um tecido económico em recessão, prostituição e marginalidade, insegurança pública, etc.
As autarquias, no mandato da coligação que integrava o PCP, fizeram muito, no quadro das dificuldades conhecidas, para resolver os problemas acumulados.
Mas hoje em dia, com este Governo e o acinte das suas políticas de concentração de riqueza, recessão económica, desemprego e regressão social, e com esta Câmara de maioria de direita, vários projectos de intervenção ficaram por concretizar e descambou o caldo de cultura dos problemas sociais.
Estamos face a uma rápida e acentuada degradação da situação, com a toxicodependência instalada em massa na zona, novo surto de prostituição, fixação de imigrantes desinseridos e carenciados e problemas de violência e xenofobia.
E, neste quadro, o executivo de Santana Lopes, gerindo a putativa candidatura a Belém, procura passar pela desgraça sem se «sujar», limitando-se ás medidas minimas: fechou o Largo do Intendente ao estacionamento, para evitar que sirva de coio ao tráfico de drogas, e afastou os consumidores, a que permitiu um apoio reduzido. Assim a toxicodependência diluíu-se pela zona, de quarteirão em quarteirão.
A Câmara fugiu às responsabilidades de intervir ao seu nível e reivindicar do Governo os meios e a acção para enfrentar o conjunto dos problemas na sua complexidade.
O Governo, esse o que quer é fazer constar que nada disto lhe diz respeito e que estamos no melhor dos mundos, ou pelo menos a caminho, que a retoma já está aí a «rebentar».
E cumpre ao PCP a denúncia e a proposta. É urgente uma estrutura de intervenção multidisciplinar na zona, da responsabilidade do Governo, com o apoio municipal e a participação das populações. É essencial uma acção integrada e continuada, dotada dos meios e da vontade política à altura da dimensão e gravidade dos problemas.
Do Intendente aos Anjos, por direitos de cidadania e pela justiça social.