Colonatos aumentaram durante ataque ao Iraque
«Israel utilizou a crise no Iraque, o conflito e o período de pós-guerra para consolidar ainda mais a sua ocupação dos territórios palestinianos», denunciou há dias Miloon Kothari, relator especial da ONU sobre o direito à ocupação, ao intervir no comité de Direitos Económicos, Sociais e Culturais das Nações Unidas.
Segundo Kothari, citado pela Lusa, «a situação no Iraque foi utilizada como uma cobertura para as autoridades israelitas acelerarem as violações» dos direitos dos palestinianos, como comprova o facto de, neste ano, se terem registado «mais demolições de casas, mais confiscações de terras e mais destruições de estabelecimentos comerciais» do que nos dois últimos anos.
A região do norte da Faixa de Gaza é apontada pelo responsável da ONU como um exemplo paradigmático: as agressões contra a propriedade dos palestinianos aumentou «mais 1140 por cento do que nos dois anos anteriores».
As agressões, que incluem destruição e queima de culturas agrícolas, fazem parte, na opinião de Kothari, do plano israelita de instalar cerca de 50 000 beduínos do sul de Israel em sete localidades que projecta construir, nos próximos cinco anos, em terras que alegadamente lhes pertencem «por tradição». O orçamento estatal, apesar da crise económica, reservou já uma verba de 250 milhões de dólares para esse fim.
Face a esta realidade, o relator da ONU considera que o «Roteiro» para a paz «não é suficiente» para resolver os problemas do Médio Oriente.
«Num contexto em que as violações estão a continuar e a aumentar este ano, o Roteiro não parece ter demasiado sentido», disse Kothari, sublinhando que o plano de paz «não se refere explicitamente aos direitos humanos, nem ao direito internacional humanitário, nem mesmo aos acordos que Israel ratificou». O plano, lamentou ainda o representante da ONU, também não se refere à construção do muro com várias centenas de quilómetros que Israel está a levar a cabo, e cujo traçado se desconhece.
Convicto de que «o fim da ocupação é a única solução possível» para a paz, Kothari defendeu a «retirada completa» de Israel dos territórios ocupados e o «desmantelamento dos colonatos», bem como o «envio imediato de uma força de protecção» dos palestinianos.
Segundo Kothari, citado pela Lusa, «a situação no Iraque foi utilizada como uma cobertura para as autoridades israelitas acelerarem as violações» dos direitos dos palestinianos, como comprova o facto de, neste ano, se terem registado «mais demolições de casas, mais confiscações de terras e mais destruições de estabelecimentos comerciais» do que nos dois últimos anos.
A região do norte da Faixa de Gaza é apontada pelo responsável da ONU como um exemplo paradigmático: as agressões contra a propriedade dos palestinianos aumentou «mais 1140 por cento do que nos dois anos anteriores».
As agressões, que incluem destruição e queima de culturas agrícolas, fazem parte, na opinião de Kothari, do plano israelita de instalar cerca de 50 000 beduínos do sul de Israel em sete localidades que projecta construir, nos próximos cinco anos, em terras que alegadamente lhes pertencem «por tradição». O orçamento estatal, apesar da crise económica, reservou já uma verba de 250 milhões de dólares para esse fim.
Face a esta realidade, o relator da ONU considera que o «Roteiro» para a paz «não é suficiente» para resolver os problemas do Médio Oriente.
«Num contexto em que as violações estão a continuar e a aumentar este ano, o Roteiro não parece ter demasiado sentido», disse Kothari, sublinhando que o plano de paz «não se refere explicitamente aos direitos humanos, nem ao direito internacional humanitário, nem mesmo aos acordos que Israel ratificou». O plano, lamentou ainda o representante da ONU, também não se refere à construção do muro com várias centenas de quilómetros que Israel está a levar a cabo, e cujo traçado se desconhece.
Convicto de que «o fim da ocupação é a única solução possível» para a paz, Kothari defendeu a «retirada completa» de Israel dos territórios ocupados e o «desmantelamento dos colonatos», bem como o «envio imediato de uma força de protecção» dos palestinianos.