Em defesa do sector energético público

A Comissão Central de Trabalhadores da Petrogal quer que o Estado mantenha o seu domínio no sector energético e que a maioria do capital não saia das suas mãos. Para a CCT, é esta a única forma de impedir que a empresa seja vendida ao capital estrangeiro, o que, a acontecer, significaria a perda, para o País, de um sector de importância nevrálgica.
A CCT assume esta posição num momento em que vêm a lume um conjunto de informações de fundo sobre a empresa, nomeadamente a combinação da electricidade com o gás numa única organização empresarial e a fixação da Galp ao seu negócio tradicional, o petróleo. A comissão considera essencial que «sejam respeitadas todas as disposições legais que envolvem a Petrogal e a sua marca Galp, avançando-se no seu desenvolvimento com uma administração que inequivocamente concorra para a sua dinamização e gestão integradas, desde a exploração petrolífera até à comercialização e distribuição dos seus combustíveis líquidos e gasosos». A Comissão Central de Trabalhadores exige que não se assinem mais acordos de cedência de negócios e que seja posto fim aos actualmente existentes.
Resultantes da «Proposta de Reestruturação do Sector Energético Português», apresentada pelos ministros da Economia e das Finanças, várias outras preocupações surgiram à comissão, nomeadamente a integração nos quadros da Petrogal de todos os trabalhadores que para ela exerçam funções, mesmo dos que celebraram contrato com a Galp Serviços (um dos acordos de cedência). A garantia de intocabilidade dos fundos de pensões da empresa e a substituição dos administradores e dirigentes «que vêm apostando no esmagamento da Petrogal e na delapidação ou esbanjamento dos seus bens» são as outras reivindicações dos representantes dos trabalhadores.


Mais artigos de: Trabalhadores

Manifestação nacional

Os trabalhadores da administração pública protestam contra a redução do poder de compra e o ataque aos serviços públicos. A acção realiza-se amanhã às 15 horas.

Prosseguir a luta em unidade

Os trabalhadores reunidos na tribuna pública do passado dia 3 decidiram voltar à luta hoje, dia da votação parlamentar do Código do Trabalho.

Greve contra o desemprego e as doenças

A FSTIEP – Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Indústrias Eléctricas de Portugal/CGTP – promove amanhã, dia 11, uma greve nacional do sector. Às 14 horas, os trabalhadores concentram-se junto ao Centro Nacional de Protecção Contra os Riscos Profissionais (CNPCRP), tutelado pelo Ministério do Trabalho, onde...

Governo regional responsável por mortes

O sindicato da construção civil da Madeira responsabiliza o Governo regional pelos acidentes que em Março causaram a morte a sete operários na região autónoma. Em conferência de imprensa do sindicato, o dirigente Diamantino Alturas, citado pela Lusa, lembrou que, segundo a lei, a responsabilidade pela segurança, saúde e...

Trabalhadores da Eurovela em Lisboa

Os 16 trabalhadores da Eurovela/Kyulo, empresa do sector químico sediada nas Caldas da Rainha, ilegalmente despedidos em Janeiro deslocaram-se ontem a Lisboa, com o objectivo de serem recebidos pelo ministro do Trabalho, pelo Primeiro-ministro e pelo Presidente da República, no sentido de verem reconhecido o seu direito...

Sindicato da CGTP acusa UGT de traição

O Sindicato da Construção do Sul, da CGTP, acusa a associação patronal do sector de assumir uma postura de má-fé negocial, ao encerrar as negociações com os sindicatos da Intersindical no início de Março. Nessa altura, denuncia agora o sindicato, o patronato ocultou o «acordo-traição celebrado nas costas dos...

Empresas de transporte desrespeitam direitos

Os trabalhadores do sector dos transportes de passageiros estão a ser alvo de uma forte ofensiva aos seus salários e direitos. No Metro de Lisboa, o Conselho Geral encerrou as negociações do acordo de empresa com a imposição, por acto de gestão, de 1,5 por cento de aumento. Este valor constituía a proposta do patronato...

BREVES

DN sem aumentosO Diário de Notícias não precederá a aumentos este ano. A decisão foi comunicada à Comissão de Trabalhadores da empresa pelo Conselho de Administração, que justifica a sua posição pelas alegadas «dificuldades» que o sector atravessa, resultado da «possível recessão, clima internacional e incertezas» para o...