Portugal contra a guerra

A maioria dos portugueses está contra a guerra no Iraque e critica o apoio do Governo ao ataque dos aliados, concluiu, sexta-feira, uma sondagem Público/Antena1/RTP.

Quarenta e seis por cento dos inquiridos manifesta-se contra a intervenção armada, mesmo com a autorização da ONU, enquanto que 38 por cento faz depender o seu acordo do consenso das Nações Unidas.

Para 45 por cento dos portugueses, o ideal teria sido continuar as inspecções da ONU ao armamento iraquiano, embora 17 por cento acredite que a única solução era invadir o Iraque e derrubar o seu presidente, Saddan Hussein.

A posição de Portugal é muito criticada pelos inquiridos, com 30 por cento a considerar que a actuação do Executivo do PSD/CDS-PP «má» e 18 por cento classifica-a de «muito má».

No polo oposto, 30 por cento diz que a actuação governativa não foi «nem boa, nem má», enquanto que apenas 14 por cento considera-a «boa» e apenas 4 por cento «muito boa». Mais benevolente é a opinião sobre a conduta do Presidente da República, Jorge Sampaio: para 35 por cento foi «boa», enquanto que 38 por cento opta por um «nem boa, nem má».

A utilização da Base das Lajes, nos Açores, para a cimeira de preparação da guerra foi, segundo a sondagem, «má» para Portugal, 50 por cento acha que o foi, e 65 por cento acredita mesmo que a posição do Governo pode provocar um atentado terrorista no nosso País.


Almada pela paz


A Plataforma Almada pela paz vai realizar amanhã, na Praça São João Baptista, a partir das 17h30, uma grande iniciativa, contra a guerra no Iraque. Para essa hora está marcada a concentração para um desfile que pretende demonstrar a indignação e repúdio do povo português face à agressão anglo-americana. Às 21h30 realiza-se um Tribunal de opinião pública, na mesma praça. Durante o dia haverão espectáculos musicais, momentos de teatro, poesia e artes circenses. A partir das 14h30, as crianças vão poder expressar o que pensam sobre a guerra através de desenhos, e outras formas de expressão.



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