Pela liberdade de expressão
No momento do encerramento do jornal, a Guarda Civil deteve igualmente dez elementos da administração, onde se inclui o director, e apreendeu o servidor onde estava alojada a versão electrónica do jornal, ficando na posse das mensagens e dados privados. A operação decorreu sem que fossem divulgados os factos em que assentam a acusação de colaboração com a organização clandestina.
Entretanto, já na terça-feira, o juiz Del Olmo ordenou a prisão efectiva de cinco dos dez detidos e fixou fianças entre 12 mil e 30 mil euros para os restantes. Por julgar ficou o director da publicação que se encontra hospitalizado.
Na manifestação marcaram presença três conselheiros do executivo basco e vários dirigentes do Partido Nacionalista (PNV), do Eusko Alkartasuna e da Izquerda Unida - as três formações que integram o governo basco e que exigem a reabertura imediata do diário. Também o líder da ilegalizada coligação independentista Batasuna, Arnaldo Otegi, se juntou ao protesto.
Em Julho de 1998, outro juiz também da Audiência Nacional, Baltasar Garzon, ordenara o encerramento do diário «Egin» acusado de publicar os comunicados da ETA. Quase cinco depois as pessoas então detidas e acusadas continuam à espera de um julgamento que apure as responsabilidades.
Longe de ser a nova versão do «Egin», o «Euskaldunon Egunkaria» foi fundado, em 6 de Dezembro de 1990, por uma plataforma de cidadãos de diferentes orientações políticas e era actualmente subsidiado pelo governo regional.