TAP recusa proposta de aumentos

O Conselho de Administração da TAP recusou, no princípio do mês, a proposta do SITAVA com vista à actualização salarial de 5,5 por cento para 2003.

O sindicato dos trabalhadores da aviação e aeroportos, da CGTP, baseava a sua proposta na diminuição real do poder de compra dos salários a que os trabalhadores têm sido sujeitos nos últimos anos. Desde o ano passado, com a introdução do euro, o aumento da carga fiscal e o brutal aumento do custo de vida, que a luta por uma revisão salarial que trave a descida dos salários é mais necessária, afirma o sindicato.

Para além de recusar a proposta, a administração da transportadora aérea portuguesa pretende ainda alterar profundamente algumas cláusulas do acordo de empresa, nomeadamente no que toca à organização dos tempos de trabalho, à retirada do pagamento dos três primeiros dias de doença, e da dispensa de banco». O que leva o SITAVA a concluir que o Conselho de Administração da TAP, «na lógica da política do Governo, com o seu pacote laboral e as alterações negativas da segurança social, pretende reduzir ao máximo os custos do factor trabalho», tornando mais baixo o preço da mão-de-obra e assim abrir caminho à segmentação e privatização da empresa. O SITAVA considera ser altura de retomar a luta contra a segmentação e privatização da TAP e de demonstrar o repúdio dos trabalhadores pelas notícias vindas a público acerca da intenção da criação da empresa de manutenção, já indiciada pelo acordo entre a TAP e a OGMA, e também de uma empresa para o handling, «que poderá estar nas intenções do grupo de trabalho Governo/TAP/PGA».



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