Contra a guerra
O protesto, que congrega 59 organizações políticas e da sociedade civil portuguesa, com o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) à cabeça, integra-se no Dia Europeu Contra a Guerra no Iraque, decretado para dia 15 pelo Fórum Social Europeu.
Domingos Lopes, do CPPC, indicou, em conferência de imprensa, que esta iniciativa se irá realizar em Lisboa, Porto, Beja «e noutras cidades portuguesas» e será «a maior manifestação contra a guerra em Portugal», mas não avançou estimativas do número de participantes.
No entanto, uma vez que a iniciativa se estende às principais cidades europeias, o dirigente do CPPC garante que em toda a Europa se vai defender a paz como alternativa a uma guerra «que tem particularidade de ter todas as opiniões públicas mundiais contra ela».
Por isso, se renove o apelo «a todos os portugueses e portuguesas» para que participem na manifestação que, em Lisboa, parte do Largo de Camões às 15.00 horas e segue em desfile até ao Rossio.
Foi ainda sublinhado que já não são apenas as 59 organizações que formam o protesto contra a guerra, mas também destacadas personalidades da vida pública portuguesa, algumas delas «tradicionalmente alinhadas à direita», mas que também condenam uma intervenção militar no Iraque.
Entretanto, a declaração de apoio «incondicional» do Governo português aos Estados Unidos da América foi fortemente criticada pelo membro do CPPC, que vê nela «um isolamento daqueles que querem a guerra».
Sobre as hipóteses de êxito desta iniciativa que, mais do que europeia, pretende ser internacional, Domingos Lopes não hesitou em afirmar que «é possível parar esta guerra» através de um movimento social maciço, até porque «as declarações de apoio a uma intervenção militar visam condicionar a opinião pública».