Não à guerra

O conflito com o Iraque e a eventualidade de um ataque a este país esteve no centro do debate mensal com o primeiro-ministro, que não deixou dúvidas quanto ao apoio do Governo a uma intervenção militar dos Estados Unidos, país que disse ser o «mais importante aliado» português.

A diferença de posições entre a maioria e as oposições foi notória, fosso que se acentuou sobretudo com a bancada comunista, levando, no meio de uma acesa troca de palavras, o Secretário Geral do PCP, Carlos Carvalhas, a acusar Durão Barroso de «maoista convertido» e de «social-democrata muito pouco polido».

Antes, já o dirigente comunista confrontara o Primeiro-Ministro com a questão de saber se também defende o cumprimento das Resoluções da ONU sobre Israel e a questão palestiniana com a mesma determinação que pôs no Manifesto que subscreveu com sete outros chefes de Governo sobre o conflito iraquiano.

Uma questão que ficou sem resposta como ficou também a de saber de modo claro qual a posição do Governo português relativamente à necessidade de uma nova Resolução da ONU, como defendem a Alemanha e a França.

A saber-se, sem evasivas, como oficial, ficou a posição de que o Governo português já autorizara a utilização da base das Lajes pelas forças norte-americanas.

Contra a guerra, sem ambiguidades, está o PCP, que, pela voz de Carvalhas, afirmou que o «povo iraquiano não pode pagar o preço da retoma económica dos EUA, da especulação bolsista, do acesso às reservas petrolíferas do Iraque».



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