Por uma política de imigração justa

A bancada comunista criticou duramente o que considerou serem as «declarações infelizes» proferidas pelo comissário europeu da Justiça e Assuntos Internos, António Vitorino, a propósito das posições assumidas pela esquerda portuguesa relativamente à imigração.

Em declaração política no Parlamento, o deputado António Filipe qualificou a política de imigração defendida pelo PCP como mais «justa, humana e

razoável» que as políticas de «imigração zero» ou «quase zero» seguidas por muitos Estados da União Europeia, incluindo Portugal, e apontou «contradições» entre as posições assumidas por António Vitorino no passado e o seu discurso actual.

O parlamentar comunista citou um texto assinado pelo comissário europeu, no qual este defende que «as políticas repressivas não funcionam» e aconselha à aceitação da realidade que, escreveu, «tão gritantemente desmente a retórica da imigração zero».

Na sua intervenção, o deputado do PCP comunista criticou ainda de forma veemente a legislação que o Governo tem em preparação sobre imigração, que, acusou, significa «o regresso a uma política pura e dura de portas fechadas» e conduzirá ao «aumento do número de estrangeiros indocumentados».

«O que constitui um problema para Portugal não é ter imigrantes. O problema é haver muitos imigrantes em situação ilegal e não haver uma real política de integração social destes cidadãos e das suas famílias», sustentou António Filipe.



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