2.ª Assembleia do Secundário

JCP do Porto em crescimento

A Organização Regional do Ensino Secundário do Porto da JCP apoia as reivindicações da Delegação Nacional de Associações de Estudantes, manifestando a sua oposição ao projecto de revisão curricular «pelo carácter elitista e retrógrado».

A 2.ª assembleia da organização, que se realizou no sábado, analisou esta e outras questões, nomeadamente a proposta do Governo de substituir os conselhos executivos por conselhos de gestores, considerando que esta medida constitui um «primeiro passo para a empresarialização das escolas».

Devido ao grande crescimento da organização nos últimos meses, os participantes na assembleia apontaram como prioridade a responsabilização dos novos militantes permitindo a sua máxima participação activa na JCP. Outra medida é a criação de coordenadoras concelhias que façam a ligação entre os diversos colectivos.

Acompanhando o grande aumento de militantes, os jovens comunistas pretendem criar novos colectivo de escola. O objectivo é compreender melhor a realidade de cada instituição e estar mais próximo dos jovens.

Outras medidas apontadas passam pela distribuição regular de panfletos da JCP, a criação de boletins de escola em que se aborde as problemáticas locais, a organização de debates e a colagem de cartazes alertando para os problemas em áreas especiais de intervenção.

 

A escola desejada

 

Depois de analisar os problemas do ensino secundário, a assembleia concluiu que «a comunidade educativa tem vindo a ser posta de parte, o que revela um enorme desprezo em relação ao que todos chamam de “futuro”, nós, os estudantes».

Os jovens comunistas exigem uma escola «em que todos possam participar», com um ambiente atractivo, que «prepare os jovens para serem activos e críticos, onde se possa estudar sem que se ponha em causa todo o trabalho contínuo do aluno» no fim do ano com as provas globais e os exames nacionais.

«Exigimos que o Estado se preocupe com os alunos em primeiro lugar, e não com o capital e o lucro rápido. Queremos uma escola ajustada às necessidades do País, uma escola humanizada, que saiba formar cidadãos, onde a repressão e a discriminação não sejam regra e onde a igualdade de direitos e deveres seja lei. Enfim, uma escola realmente democrática», lê-se no documento aprovado.



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