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Aveiro
Cresce insegurança laboral


O Sector de Empresas da Organização Regional de Aveiro do PCP está preocupado com a crescente insegurança dos trabalhadores, particularmente do distrito, resultante da desregulamentação e da precariedade das relações laborais e chama a atenção para a gravidade da situação das famílias que, confiantes no discurso do Governo, adquiriram habitação ou assumiram outras responsabilidades que agora têm dificuldades em cumprir.

É que, dizem os comunistas, para além dos apelos do governo à contenção dos salários - já os mais baixos da Europa -, o encerramento diário de empresas deixa os trabalhadores sem quaisquer perspectivas, já que muitos deles são novos de mais para se reformar e outros velhos de mais para iniciar uma nova actividade.

O PCP tem, pois, na Assembleia da República para discussão um projecto de resolução, no sentido de impedir que as empresas que recebem apoios do Estado possam, mais tarde, encerrar e ir embora, deixando os trabalhadores no desemprego. Por sua vez, a DORAV decidiu lançar uma acção de esclarecimento junto dos trabalhadores de que já resultou, na sexta-feira, um debate com a participação da eurodeputada Ilda Figueiredo, em S. João da Madeira, sobre a situação dos trabalhadores do Calçado.

Entretanto, no quadro das visitas efectuadas por deputados do PCP a várias empresas e sectores do distrito foi já entregue pelo deputado Vicente Merendas, na mesa da Assembleia da República, um requerimento sobre a higiene e segurança no sector corticeiro e um outro sobre a empresa C & J Clarck - Fábrica de Calçado, Lda.. Aliás, no seguimento de anteriores requerimentos do PCP sobre o sector corticeiro, verificou-se já uma certa intervenção por parte do IDICT.

«Avante!» Nº 1434 - 24.Maio.2001