Por horários dignos e contra a repressão no Pingo Doce

Trabalhadores do Pingo Doce concentraram-se anteontem junto ao Ministério do Trabalho, em Lisboa, para denunciar os ataques aos seus direitos e a recusa da empresa em negociar. A acção realizou-se no dia e no local em que estava prevista uma reunião entre o CESP, o Governo e o Grupo Jerónimo Martins (dono do Pingo Doce), ao qual este informou antecipadamente que não iria comparecer – à semelhança, aliás, do que fez na reunião anterior.

O sindicato do comércio, escritórios e serviços da CGTP-IN acusa a empresa de continuar a atacar os direitos consagrados no Contrato Colectivo de Trabalho relativamente aos horários, de não garantir as condições de saúde e segurança nas lojas e de manter práticas de pressão e repressão contra os seus sócios.

O CESP recorda que o Pingo Doce «tem de fixar os horários com 30 dias de antecedência e não os pode alterar sem o consentimento dos trabalhadores», mas que esta não é a realidade. Pelo contrário, a empresa «ataca reiteradamente o direito dos trabalhadores à conciliação da vida pessoal com a profissional». Além disso, as lojas «são inseguras, faltam equipamentos de protecção básicos, o que põe em risco a saúde dos trabalhadores». Eram estas matérias, aliada à repressão contra os trabalhadores – sobretudo os sindicalizados no CESP – que o sindicato pretendia discutir com a empresa na reunião.

 

 



Mais artigos de: Trabalhadores

Professores conquistam nos tribunais reinscrição na CGA

A FENPROF saudou, em nota divulgada no dia 11, as recentes decisões judiciais que confirmam o direito dos docentes à reintegração na Caixa Geral de Aposentações (CGA), considerando a lei n.º 45/2024 como inconstitucional.

Aumentar salários para inverter perda continuada de poder de compra

Em comunicado de segunda-feira, 17, a CGTP-IN denuncia que o poder de compra dos salários – ou seja, explica, «aquilo que um assalariado consegue adquirir com o seu vencimento, base ou incluindo outras componentes remuneratórias regulares» – diminuiu entre Março de 2021 e Dezembro de 2024. Na base da denúncia estão dados...

Sindicatos marcam acções de luta

O STAL e o STML convocaram uma manifestação nacional dos trabalhadores das autarquias e do sector empresarial público local para o dia 28, a iniciar às 14h00 na Praça da Figueira, Lisboa, rumo ao Ministério das Finanças. «Os trabalhadores rejeitam a política de empobrecimento que o Governo PSD/CDS teima em prosseguir, e...

Greves na TK Elevadores e na Cabelte

Os trabalhadores da TK Elevadores estiveram em greve na parte da manhã de dia 14, e realizaram concentrações à porta das instalações da empresa, em dez localidades. Na acção, informa a FIEQUIMETAL, exigiram-se aumentos salariais, um sistema de participação nos lucros, mais subsídio de...

«Carta de amor» à EGEAC

Os trabalhadores da EGEAC entregaram, no dia 14, Dia dos Namorados, uma «carta de amor» à administração da empresa municipal de Lisboa, realizando, nessa data, uma acção reivindicativa à porta da entidade. De acordo com o STML, nesta carta, os trabalhadores exigem, entre outras reivindicações, o aumento dos salários, o...