Aumentar salários para inverter perda continuada de poder de compra

Em co­mu­ni­cado de se­gunda-feira, 17, a CGTP-IN de­nuncia que o poder de compra dos sa­lá­rios – ou seja, ex­plica, «aquilo que um as­sa­la­riado con­segue ad­quirir com o seu ven­ci­mento, base ou in­cluindo ou­tras com­po­nentes re­mu­ne­ra­tó­rias re­gu­lares» – di­mi­nuiu entre Março de 2021 e De­zembro de 2024. Na base da de­núncia estão dados dis­po­ni­bi­li­zados pelo INE que o com­provam.

A cen­tral sin­dical re­alça ainda que o poder de compra dos sa­lá­rios está pra­ti­ca­mente es­tag­nado nos úl­timos nove anos. «com uma va­ri­ação média anual de 0,8% do sa­lário base, ou seja, pouco mais que 7,50 euros ao ano». Mais de 60 por cento dos tra­ba­lha­dores (dois mi­lhões e seis­centos mil) au­ferem sa­lá­rios brutos base in­fe­ri­ores a mil euros; 17,8 por cento o sa­lário mí­nimo e me­tade não vai além dos 889 euros. Os ven­ci­mentos de me­tade dos as­sa­la­ri­ados no nosso país, con­clui a CGTP-IN, «estão es­ma­gados entre o SMN e um valor que se situa apenas 79 euros acima deste».

Cha­mando a atenção para os au­mentos dos preços dos bens ali­men­tares, ha­bi­tação, co­mu­ni­ca­ções e ou­tros bens e ser­viços es­sen­ciais, a Inter con­si­dera que o «au­mento geral e sig­ni­fi­ca­tivo de todos os sa­lá­rios, em pelo menos 15%, nunca in­fe­rior a 150 euros, é uma questão cen­tral neste início de 2025». O nível de ri­queza que é pro­du­zido em Por­tugal, acres­centa, «faz com seja pos­sível, desde já, o au­mento geral e sig­ni­fi­ca­tivo de todos os sa­lá­rios».

 



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