Câmara de Loures força despejo apressado em Santa Iria da Azoia
Sábado, o «Vida Justa» promoveu uma assembleia visando alertar para a situação dos moradores da Rua das Marinhas do Tejo, em Santa Iria da Azoia, que se preparam para ser mandados viver para debaixo da ponte no dia 31 de Janeiro por ordem da Câmara de Loures.
Este movimento informou entretanto que o apoio do município neste processo cingiu-se a imprimir às famílias anúncios de casas nos portais Idealista e OLX, sendo que as mesmas já tentaram inúmeras vezes estas vias de arrendamento sem sucesso. «O despejo apressado, bem como as ameaças de retirada de crianças à família, tornaram-se numa forma de punir os munícipes por não conseguirem pagar os preços praticados pelo mercado de arrendamento», acusa, em nota de imprensa.
O «Vida Justa» dá ainda conta da situação do bairro do Talude, também em Loures, que «sofreu demolições nos últimos meses», continuando «em situação de precariedade habitacional muito grave, tendo unido a sua luta aos moradores da Rua das Marinhas do Tejo». Para este movimento, «nenhuma família pode ser despejada sem alternativa de habitação, conforme estabelecido na Lei de Bases da Habitação».