Solidariedade com Cuba! Pôr fim ao bloqueio!

«Cuba nunca devia ter sido integrada nesta ilegítima lista, tanto mais quando são os EUA que há décadas promovem uma política de cariz terrorista contra o povo cubano e a sua revolução socialista», afirma o PCP sobre a decisão da administração norte-americana presidida por Trump de voltar a incluir Cuba na arbitrária lista de países ditos «patrocinadores do terrorismo».

Cuba tem direito a decidir soberanamente o seu destino


Numa nota de dia 28, em que «condena veementemente a inaceitável decisão da Administração Trump», o PCP apela ao «desenvolvimento da solidariedade com o povo cubano que, como todos os povos do mundo, tem o direito a decidir soberanamente o seu caminho de desenvolvimento e de progresso social».

Reafirmando também a «condenação da acção de ingerência, desestabilização e agressão promovida pelos EUA contra Cuba», o Partido saúda a «justa e corajosa luta do povo cubano em defesa da sua soberania e direitos, assim como a acção do movimento de solidariedade com Cuba e o reiterado posicionamento de diversos países exigindo que os EUA respeitem os princípios da Carta das Nações Unidas e do direito internacional».

Para o PCP, ganha assim uma «ainda maior importância a exigência do fim do criminoso e ilegal bloqueio económico, comercial e financeiro, assim como de todas as outras medidas coercivas e com efeito extraterritorial impostas pelos EUA a Cuba, que visam atingir a sua economia e as condições de vida do seu povo».

Persistir no rumo socialista
Para o Governo cubano, a decisão de Donald Trump de restabelecer as férreas medidas de guerra económica contra Cuba, que o seu antecessor eliminou apenas uns dias antes, expressa «é a demonstração da agressividade do imperialismo norte-americano contra a soberania, a paz e o bem-estar da população cubana». Numa declaração de dia 21, o governo revolucionário sublinha que a inclusão do país na famigerada lista evidencia um «desprezo absoluto pela verdade».

Esta decisão, porém, não surpreendeu as autoridades cubanas, que logo no dia 14, quando a anterior administração de Biden excluiu Cuba dessa ilegítima lista, o Ministério das Relações Exteriores, em Havana, admitiu a possibilidade de o país voltar a ser nela incluído, como veio a acontecer. Se este novo acto de agressão contra Cuba e o seu povo cubano «mostra, uma vez mais, o objectivo verdadeiro, cruel, desapiedado destas e tantas outras medidas de cerco e asfixia, que com fins de dominação se aplicam a Cuba», constitui também uma reacção de impotência frente à incapacidade de subjugar a vontade dos cubanos.

O governo revolucionário garante que Cuba não se vai desviar do rumo socialista, «do empenho em recuperar a economia, de fomentar a maior solidariedade, criatividade, talento, espírito de trabalho, e de defender como um bastião inexpugnável a liberdade, a independência, a soberania e o privilégio de construir um futuro sem ingerência estrangeira».

Repúdio generalizado
A China criticou a decisão da administração dos EUA de incluir de novo Cuba na lista de supostos países patrocinadores do terrorismo. Para as autoridades chinesas, «esta prática demonstra que as listas unilaterais e os mecanismos coercivos dos EUA são arbitrários e que a reiterada utilização de acusações infundadas contra Cuba para impor sanções unilaterais carece de fundamentos, expondo plenamente o rosto hegemónico, autoritário e hostil dos EUA».

Também a Rússia criticou a decisão, garantindo ser «evidente que na realidade não se trata da luta contra o terrorismo». Aliás, acrescentou a porta-voz do governo russo, Cuba tem «uma reputação impecável e exemplar como participante activo na cooperação internacional na luta contra o terrorismo».

A República Bolivariana da Venezuela considerou a medida um «acto de hostilidade» contra Cuba, uma medida «infundada» e «arbitrária» que contradiz os princípios do direito internacional e mina os esforços globais para a paz e a cooperação. Cuba, sublinha o ministro das Relações Exteriores venezuelana, Yván Gil, é uma nação internacionalmente reconhecida precisamente «pela sua solidariedade e empenho humanitário».

Também o Vietname condenou a medida assumida por Donald Trump, sublinhando a necessidade da defesa de «medidas positivas para normalizar» as relações entre os Estados.

A Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América – Tratado de Comércio para os Povos (ALBA-TCP) publicou uma nota condenando a decisão, que demonstra «desprezo» pelos povos latino-americanos.

 



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