João Oliveira exige soluções para fábrica da Tupperware
João Oliveira, deputado do PCP no Parlamento Europeu (PE), denunciou, no dia 8, o encerramento da fábrica da Tupperware em Constância, que deixará centenas no desemprego.
Futuro dos 200 trabalhadores da Tupperware continua incerto
«É preciso que se intervenha no sentido de defender não só os postos de trabalho mas, também, a produção industrial em Portugal», afirmou o deputado, em declarações à imprensa, criticando o Governo por estar de «braços cruzados», nada fazendo para «aproveitar o potencial industrial da Tupperware».
João Oliveira contactou, nesse dia, os trabalhadores da fábrica, expressando a solidariedade do PCP com a situação que estão a viver, e reiterando que, para o Partido, o primeiro passo deve ser evitar o encerramento da unidade.
O deputado exigiu, igualmente, uma intervenção clara do Governo e da União Europeia na procura de soluções.
«Ouvimos, com frequência, membros do Governo e das instituições da UE falar da necessidade da reindustrialização de Portugal e da Europa», lembrou, «e aquilo que assistimos, neste momento, é ao encerramento de uma unidade industrial com todas as condições e capacidade instalada para manter a sua produção, mas que, por uma decisão alheia ao interesse nacional e dos trabalhadores, é liquidada sem justificação».
Também nesta visita ao Ribatejo, João Oliveira contactou os trabalhadores das oficinas da CP no Entroncamento, e a população e comerciantes no Mercado de Alcanena, defendendo o aumento de salários e pensões.
Futuro incerto
O encerramento da fábrica, em funcionamento desde 1980, e que emprega, actualmente, 200 trabalhadores, foi anunciado ainda no ano passado, com a insolvência da multinacional norte-americana Tupperware.
Já a 20 de Dezembro, o SITE CRSA (da CGTP-IN) demonstrou preocupação com o futuro destes trabalhadores, defendendo que o Governo, e o próprio Ministério do Trabalho, devem assumir uma postura diferente, tendo em conta as centenas que irão para o desemprego, com grandes impactos na economia local e nacional.
Noticiado inicialmente para dia 8, o encerramento foi adiado até ao final deste mês, mas a incerteza quanto ao futuro destes 200 trabalhadores continua.