SWAPO ganhou eleições na Namíbia

Nas eleições na Namíbia, Netumbo Nandi-Ndaitwah, a candidata apoiada pela SWAPO (Organização do Povo da África do Sudoeste), foi eleita presidente da República. O partido, que dirigiu a luta pela independência, conquistada em 1990, renovou também a maioria parlamentar e continuará a governar o país.

Nova presidente da Namíbia foi candidata apoiada pela SWAPO, partido que também venceu as eleições legislativas


Veterana da luta pela independência da Namíbia, Netumbo Nandi-Ndaitwah, candidata apoiada pela SWAPO, venceu a eleição presidencial de 27 de Novembro e será a primeira mulher naquele país africano a desempenhar as funções de chefe do Estado.

«A nação da Namíbia votou pela paz e a estabilidade», afirmou a presidente eleita, nas suas primeiras declarações após o anúncio dos resultados, no passado dia 3, em Windhoek, a capital.

Segundo os resultados anunciados pela comissão eleitoral namibiana, a actual vice-presidente da República, de 72 anos, conquistou 57,31% dos votos, assegurando uma maioria absoluta que evitou a segunda volta eleitoral. Derrotou nas urnas Panduleni Itula, candidato do partido Patriotas Independentes pela Mudança (IPC), que obteve 25,5% do total.

A participação nas eleições gerais namibianas foi de 77% dos quase milhão e meio de cidadãos eleitores inscritos.

Nandi-Ndaitwah desempenhou diversas responsabilidades partidárias e estatais no seu país, incluindo a de ministra dos Negócios Estrangeiros. Em Fevereiro deste ano, com a morte por doença do então presidente Hage Geingob, foi nomeada vice-presidente da República, substituindo Nangolo Mbumba, que então ascendeu à chefia do Estado. Será a quinta presidente do país desde a independência da Namíbia, em 1990, após a luta vitoriosa travada pelo povo namibiano, encabeçada pela SWAPO e o seu histórico líder, Sam Nujoma, contra a ocupação pelo apartheid da África do Sul.

Nas eleições legislativas de 27 de Novembro, que decorreram em simultâneo com as presidenciais, a SWAPO elegeu 51 dos 96 deputados do novo parlamento, pelo que continuará a governar, enquanto o IPC, com 20 deputados, permanecerá na oposição.

 



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