Venezuela acolheu Fórum Mundial Parlamentar Antifascista

Mais de 300 parlamentares e autarcas de cerca de 70 países participaram, nos dias 4 e 5, no Fórum Mundial Parlamentar Antifascista e expressões similares, que se realizou em Caracas. A capital da Venezuela foi palco de uma significativa expressão de solidariedade e de apelo à paz no mundo, e igualmente de reflexão, discussão e troca de experiências, a partir da realidade concreta de cada país, onde pulsou a legítima aspiração e o direito dos povos à autodeterminação, à soberania, a melhores condições de vida, à paz – defendendo a Humanidade e dando combate ao fascismo.

O povo venezuelano recebeu e acolheu de braços abertos as delegações, demonstrando o seu empenho na luta em defesa da sua soberania e direitos, assim como a sua empatia e solidariedade com os outros povos, mostrando que a solidariedade não tem fronteiras e proporcionando às delegações uma afirmação de convicção e unidade na luta por uma vida melhor, por um mundo de paz e fraternidade.

O programa do Fórum proporcionou dias de partilha e de conhecimento sobre a realidade venezuelana, em que esteve viva a resistência face ao imperialismo, como foi possível, a partir das diferentes realidades de cada país, encontrar denominadores comuns e a convergência na luta por uma sociedade mais justa, livre da exploração e da opressão.

«Os poderes hegemónicos impuseram 37.433 medidas coercitivas unilaterais a cerca de 30 países, em todo o mundo, dos quais 91% são aplicadas aos maiores produtores de energia», denunciou Delcy Rodrigues, Vice-presidente da Venezuela.

Aliás, a Venezuela – e também Cuba – sabe bem o que é resistir a um duríssimo bloqueio com um enorme impacto na vida dos venezuelanos e também da comunidade portuguesa na Venezuela. Uma guerra económica do imperialismo norte-americano contra o povo venezuelano, que visa derrubar o poder bolivariano e dominar este país e os seus imensos recursos naturais.

Entre outros temas, foram debatidas a diplomacia para a paz, a defesa dos direitos humanos, a relação entre o imperialismo e o fascismo e as formas de luta contra o fascismo, ou o papel das redes sociais, das novas tecnologias, como ferramentas de disseminação do pensamento único, do ódio, da intolerância e da guerra.

A rejeição do genocídio do povo palestiniano e o fim da impunidade de Israel, a rejeição da guerra e a mobilização de esforços para a paz, tiveram uma ampla expressão entre os participantes do Fórum.

Um Fórum que promoveu a amizade entre os povos e que evidenciou que o capitalismo (e o imperialismo) recorre ao fascismo para procurar superar as suas crises, e que o combate contra o fascismo faz-se com a luta dos povos, a partir de cada país. Um Fórum de união no combate ao imperialismo norte-americano e aos seus aliados da NATO e da União Europeia, pelo direito dos povos à sua história, à sua soberania, à sua independência.

Tânia Mateus, deputada do PCP, e Joaquim Tavares, autarca, participaram no Fórum, onde contactaram com deputados da Assembleia Nacional da Venezuela, dirigentes comunais e trabalhadores venezuelanos, ficando evidentes a alegria e o empenho na defesa da revolução bolivariana em curso, numa clara afirmação de que a paz, a autodeterminação, a soberania, a justiça social estão no cerne da resistência e da luta do povo venezuelano.

 



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