Militares espanhóis na Mauritânia e o reforço do “flanco Sul” da NATO

A ministra da Defesa de Espanha, Margarita Robles, deslocou-se em finais de Outubro à Mauritânia para concretizar a “cooperação militar” entre os dois países, que incluirá a formação de tropas mauritanas por instrutores espanhóis. Em Nouakchott, depois de conversações com o homólogo mauritano, Hanana Ould Sidi, a governante espanhola considerou a Mauritânia um «actor essencial» nos esforços para «pacificar o Sahel» e considerou que as «ameaças transfronteiriças» na zona devem ser abordadas de forma colectiva.

Em Agosto passado, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, visitou o Senegal, a Gâmbia e a Mauritânia para promover um projecto de “migração circular”. Trata-se de uma agenda que anuncia medidas contra as redes de “migração irregular”, o “terrorismo” e a “criminalidade organizada”, para promover a cooperação no âmbito militar. Na altura, foram assinados acordos com os três países.

A Espanha chegou a ter cerca de 300 militares no Mali, que abandonaram o país em Maio último, após França ter decidido vetar a continuação da missão militar da União Europeia em Bamako. Isto, depois das tropas francesas terem saído do Mali, do Burkina Faso e do Níger, por decisão dos seus governos.

O interesse da Espanha em alargar a sua presença, económica e militar, na Mauritânia e na zona do Sahel, não está isolado da “preocupação” da NATO, manifestada na cimeira de Julho em Washington, de fortalecer o seu “flanco Sul” – precisamente a região do Norte de África.

 



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