«A riqueza que é produzida na Altice permite o aumento geral e significativo de todos os salários», salientam as estruturas da CGTP-IN com representação sindical no grupo de telecomunicações.

Num comunicado conjunto, emitido no dia 16, SINTTAV, SNTCT, STT e FECTRANS reivindicam, para 2025, um aumento de 150 euros, para todos os trabalhadores, colocando em 1050 euros o valor mínimo da tabela de remunerações.

Nos últimos 15 anos, afirmam os sindicatos e a federação, mostrando um quadro comparativo da evolução salarial na Altice, os salários não acompanharam o crescimento do salário mínimo nacional. Desta forma, as remunerações iniciais, à entrada para os quadros das empresas, ficaram mais perto do SMN.

Isto «significa uma desvalorização das profissões, dos salários e das pensões», e «tem contribuído para a saída de centenas de trabalhadores e a incapacidade de recrutar novos efectivos».

A reivindicação das estruturas do movimento sindical unitário é «possível e necessária» e «ganha o carácter de urgência».

Preços a subir

Desde o final de 2009, os preços das telecomunicações aumentaram 22,5 por cento, em termos acumulados, em Portugal. No mesmo período, estes preços na UE diminuíram 7,9 por cento.

Em Abril de 2024, foi de 5,2 por cento a taxa de variação média dos preços dos serviços de telecomunicações em Portugal – mais 4,1 pontos percentuais do que a média da UE (1,1 por cento).

No nosso País, houve um aumento de até 7,8 por cento nos preços dos serviços de telecomunicações, no início de 2023, e ocorreu um novo aumento em Janeiro de 2024, por parte da MEO, de cerca de 4,6 por cento, tendo por base o índice de preços no consumidor de 2023. Ou seja, notam as estruturas da CGTP-IN na Altice, «os consumidores sentiram um aumento de cerca de 12,4 por cento, em apenas dois anos».