Trabalhadores na Argentina em defesa do ensino público

A Confederação de Trabalhadores da Educação da Argentina (CTERA) destacou a massiva participação em paralisações e mobilizações realizadas no passado dia 2 em todo o país em defesa do ensino público.

Milhares de professores participaram, segundo informou a CTERA, em diversas cidades do país, em manifestações contra as políticas neoliberais do presidente Xavier Milei e a sua intenção de vetar uma lei de financiamento universitário.

Os trabalhadores do sector da educação exigem também a restituição do Fundo de Incentivo Docente, melhores condições para os reformados e o fim dos cortes de verbas impulsionados pelo governo de extrema-direita argentino.

Em Buenos Aires, a capital, apesar do forte aparato policial montado, milhares de pessoas juntaram-se nas cercanias do Congresso para opor-se às medidas do governo contra os sectores populares. A iniciativa fez parte de Marcha Federal Universitária, convocada em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Integraram a acção organizações sindicais, sociais e de defesa dos direitos humanos, professores e outros cidadãos. Trabalhadores de uma linha do metro permitiram a quem quis participar na manifestação que viajasse gratuitamente.

A Federação Nacional de Docentes, Investigadores e Criadores Universitários denunciou que forças policiais tentaram impedir a realização do protesto, instalando barreiras em estradas e ruas e dificultando a passagem de autocarros com manifestantes do interior da província de Buenos Aires.

«Os meus irmãos e eu somos a primeira geração de universitários da minha família. Queremos licenciar-nos e apoiamos os professores, mas também os trabalhadores da saúde e os reformados», declarou à imprensa local um jovem participante.

Por sua parte, a ex-presidente argentina, Cristina Fernández, saudou os manifestantes e assegurou ser «filha e tributária do ensino público». E afirmou que «a universidade gratuita gera a mobilidade social ascendente que nos permitiu ser uma Argentina diferente e que voltaremos a reconquistar».

 



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