Voto de congratulação pelo Centenário de Amílcar Cabral

«Eu jurei a mim mesmo que tenho de dar toda a minha vida, toda a minha energia, toda a minha coragem, toda a capacidade que possa ter como homem, até ao dia em que morrer, ao serviço do meu povo, na Guiné e Cabo Verde. Ao serviço da causa da humanidade, para dar a minha contribuição, na medida do possível, para a vida do homem se tornar melhor no mundo. Este é que é o meu trabalho.» As palavras são de Amílcar Cabral e foram evocadas pelo Grupo Parlamentar do PCP no voto de congratulação que apresentou na Assembleia da República pelo Centenário do nascimento do destacado militante antifascista e anticolonialista, no qual é lembrado como «um patriota e um internacionalista convicto e consequente».

Realçado no texto é ainda o seu humanismo e a «estreita identificação com o sofrimento e as aspirações do seu povo», bem como as características de «estadista de mérito, autoridade e prestígio» que o distinguiam e que eram amplamente reconhecidas, «como ficou expresso na Conferência de Chefes de Estado e de Governo em Rabat, onde o PAIGC foi escolhido como porta-voz de todo o movimento de libertação nacional de África».

Assinalar o centenário de Amílcar Cabral é, por isso, lê-no voto onde a AR o homenageia e em que saúda a Guiné e Cabo Verde, não só «cumprir um dever de memória mas também «projectar o seu legado, reafirmando que «vive em cada luta contra a injustiça e contra a desigualdade, em cada luta pelos direitos e anseios dos povos, por um futuro melhor».

 



Mais artigos de: Assembleia da República