Do encontro nacional de representantes dos trabalhadores do sector de cantinas, refeitórios, áreas de serviço e bares concessionados, que a FESAHT/CGTP-IN realizou no dia 13, em Santarém, saiu um compromisso de prosseguir a mobilização para a luta em defesa de direitos e por melhores salários. A próxima jornada ficou marcada para 11 de Outubro: um dia de greve e uma concentração, frente ao local onde vai decorrer o Congresso da AHRESP.

Esta associação patronal, como se recorda numa resolução aprovada pelos cerca de 60 dirigentes e delegados sindicais que participaram no encontro, insiste, ano após ano, desde 1998, em querer retirar direitos, procurando impor as condições que obteve num contrato colectivo subscrito com a UGT. A AHRESP nega a negociação de melhores salários, enquanto a FESAHT e os seus sindicatos não aceitarem graves perdas para os trabalhadores, designadamente: maior desregulação dos horários (bancos de horas, horários concentrados, adaptabilidade até 12 horas diárias, facilitação de alterações de horários); redução do pagamento do trabalho suplementar e em dias feriados ou de descanso semanal; redução dos dias de férias e eliminação do pagamento do subsídio de alimentação nas férias e no subsídio de férias, entre outras.

«Só a luta determinada e firme dos trabalhadores, organizados nos seus sindicatos, tem impedido do roubo de direitos e uma degradação maior das condições de vida e de trabalho», afirma-se na resolução, assinalando que «as empresas que exploram cantinas, refeitórios, fábricas de refeições, áreas de serviço e bares concessionados dão muitos lucros» e «podiam pagar salários dignos».