Venezuela acusa EUA de fomentar golpe de Estado
O governo venezuelano permitiu a saída do país de um ex-candidato presidencial e opositor, que viajou para Espanha. Caracas acusa os EUA de tentar fomentar um golpe de Estado na Venezuela.
Caracas acusa dirigente da OEA de estar «às ordens e desígnios de Washington»
O ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano, Yvan Gill, afirmou que o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, procura fomentar um golpe de Estado na Venezuela através das redes sociais.
Em resposta a afirmações de Blinken, o chefe da diplomacia do governo de Caracas escreveu que os planos dos Estados Unidos da América (EUA) «foram desmantelados mediante o voto e a unidade e mobilização cívico-militar-policial» dos venezuelanos. E pediu a Blinken que aceite os resultados das eleições presidenciais de 28 de Julho emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral e ratificados pelo Tribunal Supremo de Justiça, que deram a vitória do presidente Nicolás Maduro.
Gill reagia a uma publicação de Blinken na rede social X em que o secretário de Estado dos EUA incita a um golpe de Estado na Venezuela com a argumentação de que os cidadãos votaram pela mudança. O alto responsável norte-americano afirma, sem provas, que o governo da Venezuela «assassinou e encarcerou milhares de pessoas».
«Às ordens e desígnios de Washington»
O secretário executivo da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA), Jorge Arreaza, catalogou como decadentes as declarações do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.
Arreaza acusou Almagro de ser uma figura servil e dedicada «às ordens e desígnios de Washington».
A OEA divulgou um comunicado em que afirma que o governo venezuelano forçou o «exílio» do opositor Edmundo González. Isto, apesar de as autoridades de Caracas terem divulgado que o presidente Maduro outorgou um salvo-conduto para que o ex-candidato presidencial viajasse para Espanha, que lhe concedeu asilo.
O dirigente da ALBA escreveu que, desde 2015, Almagro «não tem feito mais do que atacar a democracia e as instituições venezuelanas, promover golpes de Estado, sanções, invasão militar, violência, desestabilização, migração e morte».