A Assembleia Geral das Nações Unidas inaugurou na terça-feira, 10, o seu 79.º período de sessões com uma extensa agenda que inclui desde conflitos regionais até desafios globais como as alterações climáticas ou a inteligência artificial.

O maior fórum político do planeta abriu as portas a outro ano de trabalho com o lema «Unidade e diversidade para promover a paz, o desenvolvimento sustentável e a dignidade humana, em todas as partes e para todos».

O novo período arrancou duas semanas antes do segmento de alto nível, que reunirá mais de 150 líderes mundiais na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, para debater também os compromissos com a Agenda 2030 e a Carta da ONU na Cimeira do Futuro, prevista para 22 e 23 deste mês.

A partir de agora, a Assembleia Geral é presidida por Philemon Yang, ex-primeiro-ministro dos Camarões, que anunciou um mandato centrado na diversidade, para o avanço da paz, do desenvolvimento sustentável e da dignidade humana para todos em todas as partes.

«Estou convencido de que através do diálogo, através do consenso, falando juntos e olhando juntos para o futuro, podemos resolver os problemas», declarou o diplomata camaronês em Maio, quando foi confirmado no cargo.

Yang sucede na liderança da Assembleia Geral a Dennis Francis, veterano diplomata da Trinidad e Tobago, que conduziu o fórum num ano complexo, marcado pela escalada de agressão israelita à Palestina, os atrasos no cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e a polarização, inclusivamente, no seio da ONU.

Ao despedir-se do cargo, o diplomata salientou que as Nações Unidas são uma organização que reflecte a «diversidade que existe em toda a Terra» e onde os Estados «podem discutir os seus problemas e preocupações juntos de maneira racional e civilizada e encontrar soluções».