Tostões para os trabalhadores da Caixa que lucra milhões

A última proposta apresentada pela administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi de 3,2 por cento de aumento, na retribuição-base, com o valor mínimo de 60 euros, sem aumento das diuturnidades.

O valor, protestou no dia 5 o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC), foi apresentado no mesmo dia em que a CGD anunciou lucros de 889 milhões de euros, no primeiro semestre de 2024 (uma subida de 46,2 por cento face ao período homólogo). Nesse dia 31 de Julho teve lugar a segunda reunião entre representantes do sindicato e da administração do banco público, no âmbito do processo de conciliação da negociação salarial deste ano.

A administração «mantém a sua postura de total intransigência, de quem apenas quer impor e não negociar, não reconhecendo a importância do trabalho de quem, ano após ano, vê diminuir o seu poder de compra, em contraponto com os lucros em crescendo», acusou o STEC, garantindo que «não aceitará assinar aumentos que não sejam justos» para os trabalhadores e os reformados.

Um peso insuportável
No dia 1 de Agosto, logo que conhecidos os resultados semestrais dos cinco maiores bancos que operam em Portugal, a CGTP-IN exigiu que os «colossais lucros» da banca «sejam usados para aliviar o peso insuportável a que os trabalhadores e as suas famílias estão sujeitos nos créditos à habitação» e que o Governo «actue no plano da justiça fiscal», colocando «os grandes grupos económicos a pagar aquilo que devem».

Nessa data, ficou-se a saber que CGD, Santander, Millennium BCP, Novo Banco e BPI registaram lucros agregados de 2 619,4 milhões de euros, nos primeiros seis meses de 2024, um aumento superior a 31 por cento, face ao período homólogo de 2023 (ano de lucros a níveis históricos).

A CGTP-IN assinalou que, «na base destes resultados estão, não só as “margens financeiras”, como as comissões cobradas», ou seja, «o aproveitamento da política do Banco Central Europeu (BCE) ao nível das taxas de juro» e «a sobrecarga de custos, imposta a todos os que recorrem aos serviços bancários, seja na simples manutenção de uma conta, seja nos custos associados ao crédito para compra de habitação ou outros».

 



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