Argélia retirou embaixador em França
A Argélia retirou o seu embaixador de Paris depois da França ter ilegalmente reconhecido a soberania marroquina sobre o Sara Ocidental. O governo argelino considerou que, com este passo, «o governo francês está a violar o direito internacional e a negar ao povo do Sara Ocidental o direito à autodeterminação».
França reconheceu soberania marroquina no Sara Ocidental, o que a Argélia classifica como violação do direito internacional
O reconhecimento pela França da soberania marroquina sobre o Sara Ocidental levou a Argélia a retirar o seu embaixador de Paris, e a acusar o governo francês de violar o direito internacional.
A França passou a apoiar o plano de Marrocos sobre a denominada «autonomia» do Sara Ocidental sob ocupação marroquina. Ao arrepio das resoluções das Nações Unidas, o presidente Emmanuel Macron, enviou uma carta ao rei Mohamed VI, onde promete o seu apoio às pretensões de Rabat sobre o Sara Ocidental.
Argel denunciou que, assim, «o governo francês viola o direito internacional e nega ao povo do Sara Ocidental o direito à autodeterminação». Além disso, o comunicado sublinha que «a decisão da França, que tem uma responsabilidade especial como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, contradiz todos os esforços incansáveis e persistentes realizados pela ONU para completar o processo de descolonização do Sara Ocidental».
A Argélia é uma defensora incansável dos direitos do povo sarauí e da República Árabe SarauíDemocrática (RASD), liderada pela Frente Polisário, à soberania sobre o seu território, ocupado ilegalmente por Marrocos desde 1975, após a retirada da Espanha enquanto potência colonial.
Os esforços diplomáticos sarauís para resolver o conflito por meios pacíficos fracassaram perante a obstinação de Marrocos de ilegalmente declarar o Sarauí Ocidental como parte do seu território, o que levou a Frente Polisário a retomar a resistência armada contra as forças de ocupação marroquinas.