Netanyahu nos EUA

No seu discurso perante o Congresso dos EUA, o primeiro-ministro israelita foi longamente aplaudido de pé, mesmo repetindo as habituais barbaridades. Que as forças armadas israelitas «deviam ser condecoradas» por garantirem uma guerra «que tem um dos menores rácios de mortes de combatentes e não-combatentes na história da guerra urbana». Que em Rafah Israel matou «mais de 1200 terroristas e praticamente nenhuns civis». Que os defensores da paz e do cessar-fogo na Palestina que se manifestaram nas galerias e à frente do Congresso eram «os idiotas úteis do Irão».

Podem os mais optimistas – chamemos-lhe assim – dizer que a sessão do Congresso não teve a presença de cem democratas, e agarrar-se a isso para alimentar a narrativa das «pressões» dos EUA sobre Israel, ou das diferenças entre democratas e republicanos. Basta lembrar-lhes que foi no mandato de Trump que os EUA mudaram a sua embaixada para Jerusalém, e que lá continua, quase no fim do mandato de Biden; ouvir como Biden se classifica – «um orgulhoso irlandês-americano sionista»; ou que Kamala Harris reafirma, mesmo falando da necessidade um cessar-fogo, que «Israel tem o direito a defender-se» e que conta com o «apoio firme» e o «compromisso inabalável» dos EUA. Se a isto juntarmos a presença de Elon Musk, um dos homens mais ricos do mundo, a convite de Netanyahu, para ouvir o seu discurso no Congresso, temos completo o panorama de até onde o poder político e económico dos EUA está comprometido com a acção de Israel.

E perante isto, o que é determinante é que a solidariedade com o povo palestiniano se intensifique e alargue, e que tanta hipocrisia e tantos crimes sejam denunciados e travados. Porque a Palestina vencerá!



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