A denúncia é do presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Francisco Jesus, que manifestou estranheza por, no programa de Maria da Graça Carvalho, não ter sido contemplado o município «com maior extensão de orla costeira da Península» e, simultaneamente, «com maior extensão de áreas protegidas também deste território».

O programa da visita dedicou todo o dia 29 de Julho a Melides, Portinho da Arrábida, Galapos e Costa da Caparica, sem qualquer passagem por Sesimbra, um dos concelhos do território Arrábida. «Não queremos também acreditar que por existirem situações por resolver pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) no território de Sesimbra, em particular na Lagoa de Albufeira, e que por não serem novas e das quais V. Ex.ª porventura ainda nem sequer se inteirou, se tenha levado à exclusão de Sesimbra desta visita», reforçou o autarca na mensagem enviada à ministra do Ambiente e Energia, com conhecimento do secretário de Estado do Ambiente, do vice-presidente da APA e da Administração da Região Hidrográfica do Tejo e Oeste.

Na missiva, relembra-se a urgência da resposta em relação à situação na Lagoa de Albufeira. «Em verdade, todos nós gostaríamos de nesta ocasião ter a informação e divulgação, por parte da APA, de que a intervenção prevista no Projecto de Abertura e Desassoreamento da Lagoa de Albufeira se encontra para breve e com a certeza efectiva da sua execução, sob pena de uma destruição deste ecossistema lagunar para muito breve», salientou Francisco Jesus, recordando que no sábado, 27, participou no protesto organizado por moradores da Lagoa de Albufeira para exigir a reabertura da Lagoa ao mar (visto que o canal aberto há cerca de um mês pela APA já fechou), o seu desassoreamento e a resolução dos maus-cheiros devido a presença de algas nas margens.

Após esta comunicação, o Gabinete da ministra respondeu já à Câmara Municipal, informando que está a acompanhar a situação da Lagoa de Albufeira, e que agendará visita para breve.