De acordo com nota de imprensa de dia 4 da Comissão Sindical na empresa, o sindicato classificou como abusiva a utilização do layoffpor a empresa possuir os recursos financeiros e mecanismos internos necessários para fazer face aos períodos de paragem.

O SITE-Sul reafirmou que os trabalhadores estão a ser prejudicados no seu rendimento mensal disponível, por não estar a ser paga a componente referente ao fim-de-semana, sendo assegurado, apenas, o salário base e o subsídio de turno.

O sindicato filiado na FIEQUIMETAL lembrou, ainda, que a administração tem de fazer investimentos na fábrica de Palmela, orientados não só para a descarbonização mas, também, para aumentar a capacidade produtiva, aliviando a penosidade do horário de trabalho.

O SITE-Sul manifestou discordância com a intensificação dos ritmos de trabalho para que a fábrica atinja o volume de produção anual de cerca de 230 550 unidades (mais 12 000 adicionais), responsável pelo aumento dos casos de trabalhadores com restrições médicas e doenças profissionais. Além disso, mostrou-se preocupado com o impacto negativo do layoff nos salários e empregos das demais empresas do parque industrial e de outros fornecedores.

Na mesma nota, informa-se que a FIEQUIMETAL tem já uma reunião agendada com o Ministério do Trabalho e Segurança Social para discutir este assunto.

Profissão de desgaste rápido
No dia 21, a Comissão Sindical da Autoeuropa informou, também em nota de imprensa, que a FIEQUIMETAL está a promover uma petição pelo reconhecimento da profissão de desgaste rápido na indústria para os trabalhadores em regime de trabalho por turnos e nocturno.

Logo que alcance as assinaturas necessárias (que podem ser recolhidas em suporte papel ou digital) a petição será entregue na AR para que esta matéria seja levada a discussão.