Venezuela em campanha para eleição presidencial

Decorre na Venezuela a campanha eleitoral de três semanas tendo em vista a eleição presidencial do próximo dia 28. As autoridades anunciaram, entretanto, que descobriram e estão a investigar um plano de assassinato do presidente Nicolás Maduro, que se recandidata ao cargo.

Nicolás Maduro recandidata-se, apoiado pelo Grande Pólo Patriótico Simón Bolívar

A campanha de Nicolás Maduro desenvolve uma ampla campanha eleitoral de massas

O arranque da campanha eleitoral de uma dezena de candidatos à presidência da Venezuela contrariou os augúrios de alguns sectores dentro e fora do país sul-americano. O primeiro de 21 dias de campanha decorreu pacificamente, evidenciando um alto nível de civismo e democracia participativa, com os cidadãos a sair às ruas e a apoiar os seus candidatos.

Todos os concorrentes tiveram oportunidade de se organizar em Caracas e no resto do país para, em concentrações, desfiles e mobilizações, contactar os seus simpatizantes, convertendo a jornada numa grande festa nacional.

Segundo meios da imprensa venezuelana, os dois principais candidatos, Nicolás Maduro, pelo Grande Pólo Patriótico Simón Bolívar, e Edmundo González, pela Plataforma Unitária Democrática, mostraram a sua força na capital com mobilizações dos seus partidários, tendo resultado evidente uma maior participação popular nas iniciativas do actual presidente.

Além de Maduro e Gonzalez, concorrem mais oito candidatos, que são apoiados por 37 partidos.

A direcção da campanha nacional Venezuela Nosso Século XXI, que coordena toda a logística organizacional e mobilizadora de Maduro, promoveu mais 69 acções em outras tantas cidades para, juntamente com a manifestação na capital, comemorar os 70 anos do nascimento do comandante Hugo Chávez (1954-2013).

«Vamos mobilizar centenas de milhares de pessoas em Caracas e noutras cidades do país», anunciara três dias antes Jorge Rodríguez, chefe da campanha de Maduro, explicando que seria uma homenagem ao líder bolivariano, que a 28 de Julho, dia das eleições, completaria 70 anos.

O actual presidente venezuelano, que se candidata a um terceiro mandato, deslocou-se ao Estado de Zulia, no noroeste do país, para formalmente começar a campanha no município de San Francisco. «Quis vir a este território começar esta campanha histórica porque Zulia dá força, é puro amor e é a força do cacique Mara e do general Rafael Urdaneta», disse perante milhares de apoiantes. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral, o Estado de Zulia – governado pela oposição – tem um alto potencial eleitoral, com mais de dois milhões e meio de votantes, num total de 21,6 milhões de eleitores inscritos.

Após a abertura da campanha em Zulia, Maduro regressou a Caracas, onde o aguardavam centenas de milhares de pessoas, idas de leste e oeste da cidade para se juntarem em zonas próximas do Palácio de Miraflores, sede da presidência.

Plano para assassinar presidente venezuelano
O Ministério Público da Venezuela está a investigar a denúncia feita por paramilitares colombianos de que foram contactados pela extrema-direita venezuelana para provocar violência, atacar o sistema eléctrico do país e atentar contra a vida do presidente Nicolás Maduro.

O procurador-geral Tarek William Saab revelou novos dados sobre as denúncias feitas pelas denominadas Autodefesas Conquistadoras da Serra, segundo as quais representantes desse minúsculo sector extremista pediram às milícias colombianas para assassinar o presidente venezuelano durante uma das acções de rua da campanha eleitoral. Pediram também que sabotassem a infra-estrutura eléctrica do país de forma a deixar uma parte da Venezuela sem energia, no final da campanha eleitoral, que termina no próximo dia 25, e cometessem outros actos terroristas.

 



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