Venezuela acusa União Europeia de «acto de agressão neocolonial»
O governo da Venezuela manifestou a sua «categórica condenação» do anúncio da União Europeia (UE) de reiterar a política ilegal de sanções contra o país sul-americano. Para Caracas, trata-se de uma «nova demonstração de arrogância neocolonial, ilegal e hostil, que vai na direcção contrária ao estabelecimento de um programa de cooperação política, social e económica entre o bloco regional e o Estado venezuelano».
A UE «persiste nas suas práticas abusivas, sem fazer qualquer correcção ao seu errado intervencionismo contra a Venezuela, motivando a rejeição internacional à aplicação destas medidas de extorsão, que ferem os direitos humanos dos povos e a soberania dos países», acusa em comunicado o executivo venezuelano.
O governo bolivariano exige o cessar integral e incondicional das medidas coercivas unilaterais da UE, assim como qualquer outro «mecanismo de chantagem que procure interferir no livre e soberano desenvolvimento do processo político venezuelano». Além disso, assinala que enquanto a UE persistir na sua política de hostilidade contra a Venezuela «será impossível entabular um diálogo sincero, respeitador e produtivo».
Caracas rejeita esta «acção criminosa e ilegal» da UE, que viola os princípios e normas que regem o direito internacional e traduz uma vez mais as «insolentes pretensões hegemónicas» do bloco europeu.
Face a este «novo acto de agressão neocolonial», a República Bolivariana da Venezuela admite adoptar as acções de carácter político e diplomático que considere necessárias para «defender a sua dignidade, soberania e inalienável direito à autodeterminação, desenvolvimento e paz».