«Voz insubstituível» da CDU é afirmada no Ribatejo
No dia 7, o Secretário-Geral do PCP, participou em três iniciativas da CDU no Ribatejo. Em todas esteve acompanhado por Gisela Matias, candidata ao Parlamento Europeu (PE), e Diogo d'Ávila, do Comité Central e responsável pela Organização Regional de Santarém do PCP.
«Voto a voto, esquina a esquina» é necessário o reforço da CDU no PE
«É necessário e é urgente uma outra política», afirmou Paulo Raimundo no participado comício em Santarém, «que rompa com a injustiça e a desigualdade» a que os trabalhadores e o povo estão sujeitos e que, de acordo com o dirigente comunista, se fazem sentir nos mais variados aspectos: baixos salários, precariedade e horários desregulados; MPME «com brutais dificuldades em manter o seu pequeno negócio»; ou aspensões de miséria.
Problemas que, para o Secretário-Geral, se adensam num contraste flagrante com os ganhos dos «que se acham donos disto tudo». Só no primeiro trimestre deste ano, o BPI teve 121 milhões de euros de lucro. «Que bem que fazem à banca as opções políticas da UE e do BCE», ironizou, recordando, ainda, os 333 milhões de euros de lucros da Galp no mesmo período. Lucros «criados à custa do esforço físico e intelectual dos trabalhadores».
Após referira luta das mulheres pela igualdade e dos imigrantes contra o racismo e o ódio, o Secretário-Geral lembrou a importância do voto para o Parlamento Europeu (PE): enquanto PS, PSD e CDS votam, na UE, favoravelmente a novas regras orçamentais (asfixiantes para o investimento em serviços públicos), os deputados da CDU «defendem Portugal» também neste domínio.
E afirmou: «voto a voto, esquina a esquina», está «nas nossas mãos» reforçar a CDU, esta «voz insubstituível».
A candidata ao PE Gisela Matias frisou a «falta de infra-estruturas essenciais» no distrito de Santarém (como a não conclusão do IC3 ou a ausência de investimento em residências estudantis), bem como os défices no apoio à agricultura, em grande parte por políticas da UE como a PAC. Mas lembrou: «a CDU é a força que não trai», e que, no «contacto, acção e mobilização», tem de crescer já no dia 9 de Junho.
Estiveram, ainda, presentes Rui Braga e Rui Fernandes, respectivamente, do Secretariado e da Comissão Política do CC.
Salvar o SNS
Numa tribuna pública em defesa do SNS, em Benavente, Paulo Raimundo sublinhou esta «conquista e criação de Abril, que levou o País a ser uma referência em todo o mundo», melhorando indicadores como a mortalidade infantil ou materna. «Esse SNS», destacou, «que responde a todos independentemente da condição financeira», mas que, fruto de políticas de direita de sucessivos governos, «é preciso salvar, recuperar e impedir o seu desmantelamento e privatização». Só na região, recordou, são mais de 11 mil utentes sem médico de família, afigurando-se necessárias medidas de emergência (como as que o PCP já apresentou). Um plano que não olha para a saúde como um negócio, e que assume que «o SNS é do povo».
Também Gisela Matias (que interveio depois de alguns depoimentos sobre os problemas do SNS no concelho) referiu algumas dificuldades do distrito nesta área: «extensões de saúde que foram encerradas», centros de saúde que encerram há noite («fazendo com que haja um entupimento das urgências»), ou as muitas carências dos quatro hospitais da região.
Valorizar a agricultura
Ainda no dia 7, a delegação da CDU visitou a Estação Zootécnica Nacional, no Vale de Santarém, importante laboratório público de investigação científica. Aqui, Paulo Raimundo defendeu que «o País tem meios e tem recursos» para valorizar a agricultura e a produção nacional, só faltam as opções políticas certas por parte do Governo.
Valongo
Já no dia 3, após a apresentação do compromisso do PCP para o PE (ver páginas 4 e 5), o Secretário-Geral esteve presente em Valongo, para um jantar-comício na escola secundária do concelho, onde, salientou a necessidade de reforçar a CDU no PE, em defesa dos interesses do País.