CDU apresenta candidatos e razões de sobra para o voto

A CDU apresentou, no dia 18, todos os seus 29 candidatos ao Parlamento Europeu (PE). A sessão pública realizou-se no simbólico Largo do Carmo, em Lisboa, e contou com a participação do primeiro candidato, João Oliveira, e do Secretário-Geral do PCP, Paulo Raimundo.

Deputados para defender o País perante a UE e não para defender a UE diante o País

Muitos foram os que fizeram questão de participar na sessão de apresentação da lista da CDU concorrente às eleições de 9 de Junho para o Parlamento Europeu (ver páginas seguintes). São 29 homens e mulheres – como afirmariam Laura Nunes e Duarte Mihuta, na apresentação da sessão – completamente comprometidos com a construção de um País melhor, verdadeiramente democrático, mais soberano e justo. Uma lista de 29 candidatos que, apesar de percursos e meios muito distintos, partilham um elemento comum: o compromisso de serem uma voz firme na defesa dos interesses do povo, dos trabalhadores e do País no PE.

A escolha do local desta iniciativa, o Largo do Carmo, onde se sucederam alguns dos momentos mais importantes do dia 25 de Abril de 1974, teve particular significado. «Em que outro lugar poderia estar a CDU senão aqui?» – questionaria mais tarde Paulo Raimundo. Antes do momento político, foi ainda feita uma pequena homenagem aos capitães de Abril, com o hino do Movimento das Forças Armadas: «o povo é quem mais ordena, o povo é quem mais trabalha...»

Pelos valores de Abril e a protecção da Natureza
«É profundamente simbólico que hoje aqui nos reunamos para apresentar publicamente os candidatos ao Parlamento Europeu, as mulheres e homens que integram esta imensa força de Abril que é a CDU», afirmou João Geraldes, presidente da Associação Intervenção Democrática. «Os homens e mulheres», continuou, «que são os portadores do espírito e dos valores da liberdade, da solidariedade, da cooperação, da amizade e da paz entre todos os povos». Os mesmos valores e espírito que, de acordo com o dirigente e 12.º candidato da lista da CDU, «deram forma, expressão e conteúdo concreto às conquistas que a Revolução de Abril nos proporcionou».

Já Mariana Silva, da Comissão Executiva Nacional do PEV e 4.ª candidata, aproveitaria a ocasião para exigir da União Europeia (UE) «respostas sólidas para a conservação da Natureza e da biodiversidade», bem como para a «salvaguarda das espécies, reforçando as áreas protegidas como meios humanos, técnicos e financeiros e rejeitando a sua destruição».

Voz coerente em Portugal e Bruxelas
Foi dirigindo-se a todos – aos que trabalham ou trabalharam uma vida inteira, a quem produz a riqueza, a quem estuda, a quem tem o seu pequeno negócio e a quem se viu e vê obrigado a procurar outro destino porque não encontra condições de vida no seu País – que Paulo Raimundo iniciou a sua intervenção: «A todos esses apelamos a que se mobilizem e votem na CDU, na sua força e naqueles que conhecem e vivem os problemas, e que levarão ao PE, como até aqui tem acontecido, respostas e soluções para as suas reivindicações e anseios», afirmou.

Para o dirigente do PCP, a CDU será no PE a voz corajosa que «enfrenta os monopólios e as multinacionais e que denuncia sem medos e sem hesitações os efeitos da integração capitalista europeia». Será a CDU, também, a voz da coerência que «diz o que faz e faz o que diz, seja aqui, seja em Bruxelas ou Estrasburgo». Será ainda, concluiu, a voz consequente que «sabe que é urgente uma política alternativa, patriótica e de esquerda que trave o caminho de injustiças e dependência».

Do outro lado, alertou, «não faltarão todos os que, apoiados, pelos grandes meios e recursos, vão continuar a tentar iludir a realidade e fazer da UE o melhor dos mundos». Vão fazê-lo, acrescentou, «com todos os meios e instrumentos ao seu dispor, vão procurar tentar convencer que o caminho possível é um e só um, e que todos temos que alinhar pelo aprofundamento do neoliberalismo, do federalismo e do militarismo, essa que é a marca e objectivo da integração capitalista da UE».

Dirigindo-se de novo a todos, aos trabalhadores, ao povo e aos jovens, Paulo Raimundo salientou que a CDU e os seus candidatos estão prontos para fazer frente aos que se «julgam donos e senhores das nossas vidas». Chegou o momento de fazer escolhas, garantiu, e as opções são simples: «ou elegemos deputados da CDU para defender o povo e o País perante a UE, ou elegemos deputados para defender a UE perante Portugal.»

Razões fortes para o voto na CDU
«Esta lista da CDU dá expressão destacada ao mundo do trabalho e aos combates que nele se travam, à agricultura e ao mundo rural, às pescas, à indústria, à realidade das micro e pequenas empresas. Aqui se encontra gente da saúde, da educação, da cultura e da ciência», começaria por constatar João Oliveira, primeiro candidato da CDU às eleições para o PE.

«Em tempos de tanta descrença, dúvida e incerteza, o povo precisa de gente em quem possa confiar. Esta lista da CDU dá resposta a essa inquietação», garantiu. «São mulheres e homens que dão confiança pelo compromisso que assumem com o povo na defesa dos seus direitos, da suas condições de vida, do direito a um caminho de desenvolvimento, de uma política que harmonize o desenvolvimento e a natureza e afirme a soberania nacional», afirmou.

«Uma lista de gente comprometida com a defesa de quem trabalha, que luta por uma repartição mais justa da riqueza por quem a produz, que assume papel destacado na batalha por um Portugal democrático e desenvolvido numa Europa de Paz, soberania, progresso social e cooperação entre todos os povos.

Confiança no trabalho realizado

Sabemos das dificuldades e dos perigos que o povo e o País enfrenta. Por isso mesmo vamos travar esta batalha eleitoral com a confiança que nos dá o trabalho realizado durante décadas pelos nossos deputados no PE, incluindo o trabalho realizado nos últimos cinco anos», salientou João Oliveira, para quem «Contigo todos os dias – A tua voz no Parlamento Europeu», não foi apenas um lema, mas antes uma «síntese bem conseguida que caracteriza a acção e a iniciativa política dos nossos deputados no PE».

Como acrescentaria o candidato, o trabalho realizado pelos deputados da CDU no PE destaca-se pela sua quantidade e qualidade, mas também pela proximidade com que foi realizado em relação aos problemas nacionais e a quem os sofre.

 



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Lista da CDU às eleições para o Parlamento Europeu

Apresentada no dia 18 (ver página 9), a lista da CDU às eleições de 9 de Junho para o Parlamento Europeu é composta por 29 candidatos.

Homens, mulheres e jovens empenhados nas mais variadas áreas de intervenção social, nos movimentos de massas, no mundo do trabalho, da cultura, da educação, da saúde e do desporto. Dirigentes associativos, de movimentos de agricultores, eleitos e activistas. Operários, intelectuais, quadros técnicos e empregados.

São candidatos oriundos das mais diversas regiões do País, do Norte ao Sul, incluindo as Regiões Autónomas e também as comunidades portuguesas no estrangeiro.

São 14 homens e 15 mulheres. A mais nova tem 22 anos e o mais velho 62, com uma média etária de 44 anos.

São membros do PCP, do PEV, da ID e cidadãos independentes sem filiação partidária.

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