João Oliveira no Alentejo exigindo respostas para problemas

Na passada quarta-feira, dia 17, João Oliveira, primeiro candidato da CDU ao Parlamento Europeu e membro da Comissão Política do Comité Central do PCP, realizou um périplo pelo Alentejo, passando pelos distritos de Beja e de Évora.

Agricultura deve contribuir para o crescimento da economia e criação de emprego

Em Moura, o candidato visitou a Herdade dos Machados, uma das mais antigas produtoras de vinho da região, onde pôde contactar com agricultores. Num encontro que teve por foco ouvir aqueles que melhor conhecem os problemas, mas, também, as potencialidades da agricultura portuguesa, o candidato destacou a necessidade de produzir, contribuindo para o crescimento da economia, satisfação das necessidades do País (assegurando a sua soberania e segurança alimentar) e criação de emprego (principalmente, sublinhou, emprego para os jovens).

Trata-se de uma região onde a evolução da agricultura (confirmando preocupações demonstradas pelos comunistas) é pautada pelos crescentes custos de produção e dificuldades de escoamento de produtos, bem como por um modelo de exploração baseado na monocultura intensiva, com consequências negativas para toda a região.

Falta «dinheiro nos bolsos»
No Alentejo Central, João Oliveira contactou com comerciantes e a população do centro histórico da cidade de Évora. Aqui, entre calorosas recepções à delegação da CDU (resultado do seu património de intervenção ao longo dos anos), o candidato pôde constatar numerosas inquietações, em particular dos empresários do pequeno comércio, devido à falta de clientes.

«Há mais de duas horas que não entra aqui ninguém», confidenciou um comerciante, destacando que falta «dinheiro nos bolsos das pessoas». Preocupações a que a descida do IRC não vem dar resposta: estas medidas «não são para nós», foi afirmado.

O candidato (que passou, também, pela Feira do Livro de Évora) contactou, ainda, com os trabalhadores da Aunde, Vendas Novas, onde reafirmou a solidariedade da CDU com a sua luta por melhores condições de trabalho e por aumentos salariais, num contexto onde recebem, actualmente, o salário mínimo nacional.


«Fraude política»

Em Évora, João Oliveira denunciou «a promessa que PSD e CDS fizeram em relação à redução do IRS», comparando-a com aquilo que, agora, pretendem realmente aprovar: a «redução do imposto que pagam as grandes empresas e os grandes grupos económicos».

O candidato, frisando o que considerou uma verdadeira «fraude política», sublinhou o contraste que, afirmou, está à vista: «para quem vive do seu trabalho, promessas não cumpridas; para quem acumula lucros, mais vantagens, mais portas abertas, mais facilidades concedidas», numa política que não serve os trabalhadores nem as micro, pequenas e médias empresas.

 



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