Médicos e professores exigem negociação e soluções urgentes

A FENPROF entregou quatro petições, para que problemas prementes subam ao plenário parlamentar. A FNAM quer começar, quanto antes, negociações com a ministra da Saúde para devolver médicos ao SNS.

Urge avançar na valorização da Saúde, da Educação e dos seus profissionais

«Não haverá qualquer plano de emergência para a Saúde, em Portugal, sem que os vários profissionais sejam ouvidos, nomeadamente os médicos», tal como não há «possibilidade de motivar os médicos, sem incorporar as medidas, há muito necessárias, para valorizar a carreira médica e fixar estes profissionais no SNS», realçou a Federação Nacional dos Médicos (FNAM).

Numa nota emitida na semana passada, a reagir à apresentação do programa do Governo, foi salientado o objectivo de «motivar os profissionais de Saúde». A federação enviou à ministra um pedido de reunião urgente, logo após a sua tomada de posse, esperando agora uma resposta, «para, quanto antes, iniciar o diálogo e negociações».

A FNAM reiterou que «apenas com salários-base justos e a melhoria das condições de trabalho, é possível assegurar, no SNS, consultas e cirurgias a tempo e horas, médicos de família a toda a população, capacitar as respostas necessárias para a saúde pública, bem como medidas que compensem a penosidade do trabalho médico, também, no serviço de urgência».

O Conselho Nacional da FNAM reúne-se este sábado, dia 20, em Coimbra.

Anteontem, dia 16, a Federação Nacional dos Professores (FENPROF) entregou na Assembleia da República quatro petições sobre a carreira docente, as condições de trabalho, o combate à precariedade e a aposentação, como condição para o rejuvenescimento. Durante os meses de pré-campanha e na campanha eleitoral, foram recolhidas as assinaturas necessárias para estas petições serem debatidas no plenário do Parlamento.

Com esta iniciativa, explicou a FENPROF, pretende-se «colocar a profissão docente no centro do debate parlamentar», uma vez que o programa do Governo «fica aquém do que seria necessário, no sentido da valorização da profissão, e dele constam, mesmo, medidas que, a concretizarem-se, seriam muito lesivas dos docentes e da Escola Pública».

 

Enfermeiros

No início deste mês, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses entregou à tutela o Caderno Reivindicativo, elencando as matérias essenciais que pretende começar a negociar. O SEP/CGTP-IN recordou declarações e promessas eleitorais da AD e do primeiro-ministro, observando que «é exigível que as promessas sejam cumpridas, desde logo o designado “Plano de Motivação dos Profissionais de Saúde” constante do programa eleitoral».

«Exigimos que o compromisso de valorizar as carreiras seja cumprido, com o objectivo de reter e fixar enfermeiros no SNS», sublinhou o SEP.

 



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