No almoço, que coincidiu com o Dia Internacional contra a Discriminação Racial, João Oliveira, contactando com moradores da Cova da Moura e dirigentes da Associação Cultural Moinho da Juventude, teve a oportunidade de conhecer os problemas com que os habitantes do bairro enfrentam no seu dia-a-dia. Estiveram na ordem do dia temas como os contratos de trabalho, direitos laborais dos migrantes, e a excessiva complexidade das questões legais associadas aos pedidos de nacionalidade e à solicitação de residência.

O candidato, que se fez acompanhar por Rui Braga, do Secretariado do Comité Central (CC) do PCP, e por Seyne Torres, do CC, teve ainda a oportunidade de dar a conhecer as propostas e o compromisso de sempre da CDU com a luta por uma sociedade mais justa, fraterna, onde não têm lugar ideias racistas e xenófobas.

Da parte do Moinho da Juventude – associação que desenvolve actividade a nível social, educativo, cultural, profissional e presta serviços de apoio jurídico, envolvendo crianças, jovens, adultos e idosos – estiveram Jakilson Pereira e Emília Barros.

Em declarações ao Avante!, João Oliveira afirmou que garantir os direitos dos migrantes e dos refugiados e as condições para a sua integração e o seu acolhimento em Portugal, assim como combater as causas que levam milhões de seres-humanos a saírem dos seus países em busca de melhores condições de vida, são «aspectos absolutamente essenciais para conseguir um País mais democrático». Para o candidato, estas são, igualmente questões essenciais para obter um «quadro de relacionamento com outros países e outros povos verdadeiramente baseado na cooperação e no respeito pelos direitos humanos».

«Esses são aspectos absolutamente essenciais da política nacional, mas também essenciais na política externa e no relacionamento do nosso País com aqueles que connosco se relacionam», salientou, acrescentando que essas exigências têm de ser «colocadas em confronto com as políticas migratórias desumanas que têm sido impostas no plano da União Europeia».

«Essas têm sido batalhas que o PCP e a CDU têm travado no plano nacional, mas também no Parlamento Europeu e são batalhas que vamos continuar a travar para que todos tenham direito a uma vida melhor», concluiu.