PCP na Madeira em defesa da Autonomia e contra as injustiças
O PCP realizou, no passado domingo, 24, no Funchal, um almoço-comício onde participaram Edgar Silva, coordenador regional e membro do Comité Central, e Helena Câmara, pela JCP.
PCP contra a «descredibilização das instituições autonómicas»
Na sua intervenção, o dirigente comunista recordou o actual quadro de «putrefacção da Autonomia e o pântano da democracia» na Madeira, lembrando que, após a garantia de que se demitiria após a últimas eleições regionais caso não obtivesse maioria absoluta, Miguel Albuquerque oficializou «a sua demissão junto do Representante da República, por reconhecer que não teria condições para exercer funções de governo, na sequência das investigações policiais de que foi alvo por corrupção». Isto, depois da«teima em ficar alapado no governo regional», recordou.
«Estes casos conduziram a Região para um estado de podridão, em que a Autonomia mais se assemelha a um esgoto a céu aberto, com um cheiro nauseabundo de descrédito e de descredibilização das instituições autonómicas», sublinhou.
Luta contra as injustiças
A tudo isto soma-se, para o dirigente comunista, «o agravamento da situação económica e social» na Região, resultado da incapacidade dos sucessivos governos regionais e da República «para a resolução dos grandes problemas económicos e sociais», sendo «urgente e necessário um novo rumo para o desenvolvimento».
Por estes motivos, e afirmando o PCP como a «força de Abril», também na Madeira o Partido iniciou uma campanha de contactos com os trabalhadores e as populações, vincando, segundo o deputado Ricardo Lume, os «compromissos de sempre com os trabalhadores e o povo» (ver páginas 16 e 17).
A juventude conta com o PCP
Também no almoço-comício, Helena Câmara sublinhou que «não estamos condenados a viver assim», sendo necessário lutar contra os baixos salários, a precariedade, os horários desregulados e o stress no trabalho, na garantia de «que o nosso futuro seja um futuro bom, com tudo aquilo a que temos direito».
A jovem lembrou, ainda, «que existe uma força capaz de combater e derrubar a política de direita»: o PCP. Uma força que, contra as «políticas de exploração e empobrecimento» de que a juventude da Madeira tem sido vítima, está junto dos jovens nas empresas, nas escolas e nos bairros, «a lutar contra as injustiças».
Acção parlamentar
Na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira (ALRAM), o deputado do PCP Ricardo Lume tem, também, travado uma luta contra as injustiças. Ainda no dia 20, defendeu o fim das propinas no Ensino Superior, exigindo, simultaneamente, enquanto existirem propinas por decisão do Governo da República, que o governo regional garanta o apoio de 50 por cento das mesmas aos estudantes das instituições públicas da Região.
Também na ALRAM, o deputado denunciou o facto de os programas do governo madeirense para o apoio à habitação não darem resposta às necessidades das populações, e não passarem apenas de propaganda, deixando, no essencial, tudo ficar na mesma, e assegurando os lucros da especulação imobiliária. Aqui, o comunista vincou que o mercado não dá resposta ao direito constitucional à habitação, antes pelo contrário.