Sábado, 24, foi dia de manifestação nacional contra o racismo, a xenofobia e o fascismo, com acções em oito cidades do País. Com o mote «Vota contra o Racismo», a jornada foi convocada pelo Grupo de Acção Conjunta contra o Racismo e a Xenofobia, constituída por 64 colectivos, entre os quais a Frente Anti-Racista, o movimento Vida Justa, grupos de imigrantes e afrodescendentes e organizações de diversas áreas de intervenção.

A maior acção decorreu em Lisboa, com mais de um milhar de pessoas presentes, que disseram ao que vinham nas palavras de ordem, impressas ou entoadas: 25 de Abril sempre, fascismo nunca mais!; o povo unido acaba com o racismo; nem menos nem mais, direitos iguais; a nossa luta é todo o dia, contra o racismo e a xenofobia.

Representantes de vários colectivos intervieram no final da marcha. Aí falou-se dos direitos dos trabalhadores, das condições salariais, laborais e sociais de quem trabalha no sector da limpeza industrial, da Constituição da República Portuguesa, dos direitos que consagra e da necessidade da sua defesa e, claro, lembrou-se a heróica resistência do povo palestiniano, também ele vítima de segregação e racismo por parte de Israel, a potência ocupante.

Uma delegação do PCP, composta por Bruno Dias e Seyne Torres, membros do Comité Central e candidatos às eleições legislativas, esteve presente em Lisboa. Aí destacaram a importância da luta pelos valores de Abril, no ano em que se celebram os 50 anos da Revolução. Com mais de um século, o PCP sempre defendeu a igualdade entre todos, igualdade essa que só será uma realidade com a dignificação do trabalho e dos trabalhadores e o acesso de todos à educação, saúde, habitação digna, protecção social e justiça.