CGTP-IN prepara 15.º Congresso desenvolvendo a luta

A realização do 15.º Congresso da CGTP-IN, nos dias 23 e 24, «tem de ser articulada com a luta nos locais de trabalho», salientou Isabel Camarinha, após a última reunião do Conselho Nacional.

O esclarecimento e a mobilização para o voto fazem parte do combate

O órgão dirigente da confederação reuniu-se no dia 9, sexta-feira, em Lisboa, e as suas conclusões foram apresentadas, ao final da tarde, em conferência de imprensa, pela Secretária-Geral. Isabel Camarinha foi acompanhada por Andrea Araújo, Ana Pires e José Manuel Oliveira, membros da Comissão Executiva do Conselho Nacional (CN).

Nesta «recta final da preparação do Congresso», o CN aprovou as propostas de documentos a submeter à apreciação e votação dos cerca de 730 delegados, nomeadamente o Relatório de Actividades relativo ao período desde 2020 e o Programa de Acção para os próximos quatro anos.

Na reunião anterior, a 25 de Janeiro, já tinha sido aprovada a lista de 147 elementos do Conselho Nacional, que vai ser apresentada aos delegados. Há 39 dirigentes, entre os quais, Isabel Camarinha, que são substituídos, quer por limite de idade, quer por cessarem funções em estruturas.

O Congresso vai decorrer no Pavilhão Municipal da Torre da Marinha (Seixal), sob o lema «Com os trabalhadores: organização, unidade e luta. Garantir direitos. Combater a exploração. Afirmar Abril por um Portugal com futuro».

Na quinta-feira, dia 22, a CGTP-IN realiza uma conferência internacional, em que participam convidados estrangeiros que se deslocam a Portugal para assistirem ao Congresso.

 

Necessárias soluções

Aos jornalistas, Isabel Camarinha deu conta da discussão e das conclusões do Conselho Nacional, que analisou a situação actual, verificando o agravamento das dificuldades dos trabalhadores e outras camadas da população, bem como da economia e dos problemas sociais. Citou, em particular, os dados mais recentes sobre o aumento do desemprego e da inflação, confirmando o empobrecimento de muitos trabalhadores, com um número nunca visto daqueles que têm de recorrer a dois ou mais empregos.

A Secretária-Geral da confederação lembrou ainda os problemas com que se continuam a debater a Saúde e a Escola Pública, a Habitação, mas também o nível muito baixo de protecção social que é assegurado pela Segurança Social, particularmente grave no caso dos milhares de desempregados sem subsídio de desemprego.

Trata-se de problemas que «resultam de opções», tomadas pelos governos anteriores e que «este Governo de maioria absoluta do PS veio ainda acentuar, não deu respostas, preferiu manter a submissão à União Europeia e às suas imposições, indo para além delas» e «ao encontro dos interesses dos grandes grupos económicos e financeiros».

Tem sido desenvolvida «muita luta, com resultados», com mobilização dos trabalhadores, alcançando aumentos salariais, passagem a efectivos de quem tinha vínculo precário, redução de horários de trabalho. Mas o patronato e o Governo continuam a aplicar os acordos que fizeram na Concertação Social e, no caso da Administração Pública, com os sindicatos da UGT, e que «não garantem reposição, quanto mais melhoria do poder de compra dos trabalhadores» e «instituíram um tecto salarial».

No CN foram dadas informações sobre «um conjunto grande de processos reivindicativos» pelo aumento geral e significativo dos salários, que a CGTP-IN defende. Nesta luta inserem-se «o esclarecimento e a mobilização dos trabalhadores para o voto» a 10 de Março.

Isabel Camarinha realçou que a realização do Congresso, «momento mais alto da vida da nossa central sindical, afirmando os seus princípios, a sua natureza de classe e o seu Programa», «tem de ser articulada com a luta nos locais de trabalho, com o reforço dos nossos sindicatos», para «esclarecer, informar e mobilizar os trabalhadores e promover os processos de luta que depois conduzem a resultados». Também no próprio Congresso estarão presentes estas lutas dos trabalhadores, adiantou a Secretária-Geral.



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