Vida melhor nos Açores com mais força à CDU
Os açorianos vão a votos no domingo, 4, para elegerem a Assembleia Legislativa Regional. A CDU quer recuperar a presença naquele órgão para dar mais força à esperança numa vida melhor, com políticas que sirvam as populações.
A CDU defende a valorização do poder de compra dos açorianos
Candidatos e activistas da Coligação PCP-PEV prosseguem, em todas as ilhas, com as iniciativas de contacto com os trabalhadores e as populações para divulgarem as suas propostas para a região. Em muitas delas participaram Paula Decq Mota, candidata pelos círculos do Faial e de compensação, e Marco Varela, responsável pela organização do Partido no arquipélago. Entre os dias 26 e 28 esteve também presente João Oliveira, primeiro candidato da CDU ao Parlamento Europeu.
Da passagem de João Oliveira pelo arquipélago destaca-se a sessão pública realizada no Faial, sobre «Os Açores e a Europa», na qual participou também Paula Decq Mota. Em debate estiveram os principais problemas relativos à habitação, à saúde, à educação e à cultura, bem como a forma como as políticas da União Europeia afectam a vida na região.
No domingo, 28, Paula Decq Mota defendeu uma aposta «forte, séria e real» na produção regional. De visita ao mercado agrícola, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, acompanhada por Pedro Bartolomeu, primeiro candidato a esse círculo, reafirmou a necessidade de um programa sério de apoio à produção e aos produtores agrícolas, lembrando que muitos deles têm abandonado a actividade precisamente por falta de apoios.
A importância desta actividade para a região foi salientada pela candidata com uma questão: «O que é que são os Açores sem a sua lavoura e sem a sua agricultura desenvolvidas?» Ora, respondeu, sem este sector produtivo seriam uma região ainda mais dependente do exterior e «à mercê de preços e de vontades que lhe são alheias».
Valorizar salários
A valorização salarial é outra das prioridades da CDU, que defende o aumento do acréscimo regional ao salário mínimo nacional em 10 por cento e da remuneração complementar em 15 por cento. Estas propostas foram reafirmadas nos dias 26 e 27 em acções realizadas nas ilhas do Faial e do Pico, em que participaram João Oliveira, Marco Varela, Paula Decq Mota e, no Pico, Paulo Correia, primeiro candidato da CDU por aquele círculo eleitoral.
Dos contactos mantidos com os comerciantes do Faial sobressaiu a urgência de se aumentar o poder de compra dos açorianos, de modo a fazer face ao brutal aumento do custo de vida e a dinamizar a própria produção local. Em declarações à comunicação social, numa acção de contacto com a população na Madalena do Pico, Marco Varela garantiu existirem soluções para dar resposta às aspirações dos jovens, dos trabalhadores e da população em geral. Para isso, acrescentou, é necessário «políticas concretas de valorização dos salários», o combate à precariedade e a promoção da oferta pública de habitação. Sobre a precariedade, denunciou, é o próprio Governo Regional a dar um «mau exemplo».
Já no dia 24, em São Miguel, o primeiro candidato por aquele círculo, Rui Teixeira, denunciara os baixos salários auferidos no arquipélago, que «não permitem fugir à pobreza». Quem produz a riqueza não fica com a fatia da riqueza que seria justa, acrescentou. Para Rui Teixeira, não é só o salário mínimo – e respectivo acréscimo regional – que é preciso aumentar, mas todos os salários, sob pena que se alargar ainda mais a fatia dos que recebem o mínimo legal.