Forte jornada de luta ontem no Grupo EDP
A greve de ontem, nas empresas do Grupo EDP, foi uma das maiores desde há muitos anos, com uma forte adesão, que provocou a perturbação em vários serviços, e foi marcada por uma concentração nacional, em Lisboa, junto da sede da eléctrica, que reuniu mais de meio milhar de trabalhadores.
Em declarações ao Avante!, dirigentes da FIEQUIMETAL/CGTP-IN salientaram a importância deste grande protesto, perante a recusa patronal de valorização da experiência e das carreiras profissionais. Os trabalhadores, num grande ambiente de unidade, envolvendo organizações sindicais e um movimento informal, têm demonstrado o descontentamento e a determinação de exigir que as administrações – do Grupo e das empresas, em particular a E-Redes – corrijam injustiças criadas pela recusa de resposta às reivindicações, reiteradas no pré-aviso de greve: atribuição de duas bases remuneratórias (BR) a trabalhadores abrangidos pelo Acordo Colectivo de Trabalho de 2014 e de uma BR aos trabalhadores a quem se aplicava o ACT de 2000, bem como a generalização da remuneração por antiguidade (diuturnidades), acabando com a situação de haver trabalhadores que a não recebem.
Na parte final do protesto, muitos dos manifestantes atiraram os seus capacetes de trabalho, com frases reivindicativas, para um monte e, com bombas de fumo, simularam a sua queima.
Uma delegação do PCP, que integrou João Ferreira, da Comissão Política do Comité Central e candidato à AR pela CDU, esteve presente, reafirmando solidariedade com os objectivos da luta.