Mensagem de Natal de António Costa «não bate com a vida das pessoas»
Para o PCP, a mensagem de Natal proferida pelo primeiro-ministro na segunda-feira, 25, «não bate certo com a vida das pessoas», quando, por exemplo, fala em contas certas, mas o salário e a pensão não chegam para «enfrentar o custo de vida que aumentou significativamente nos últimos tempos».
No Centro de Trabalho da Boavista, no Porto, Jaime Toga, da Comissão Política do Comité Central do Partido, acusou António Costa de falar nas qualificações do povo português, mas não ter dito nada sobre os problemas na Escola Pública, nomeadamente no facto de «haverem ainda dezenas de milhares de alunos que não têm professores a todas as disciplinas». Além da «falta de valorização dos profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS)», Jaime Toga abordou o problema na habitação, «com «milhares de famílias a passar o Natal com a agonia de não saber como será o dia de amanhã» e como «conseguirão fazer face ao aumento dos custos, seja por via do aumento do crédito ou das rendas».
O dirigente comunista sublinhou, por isso, a importância de «não alimentar ilusões», porque «não é a partir do PS, como está demonstrado nos últimos anos, que se encontrarão respostas para os problemas dos trabalhadores e das populações», mas «pelo reforço da CDU, pelo aumento do número de votos e de deputados, que será possível abrir caminho às respostas que é necessário», que passam «pelo aumento de salários e de pensões, pela valorização dos serviços públicos, em particular o SNS, (…) por uma política de habitação que enfrente a especulação e garanta que os lucros da banca servem para pagar o aumento das taxas de juro».