Milhares de toneladas de milho em casa dos agricultores
Duas semanas após ter denunciado o baixo preço na produção de milho e a sua falta de escoamento, a Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra (ADACO), em nota de 27 de Novembro, informa que a «situação agravou-se drasticamente» porque «o preço do milho à produção era de 235 euros a tonelada e agora não ultrapassa os 200 euros a tonelada».
Segundo a ADACO, «os industriais da compra de milho estão a recusar receber milho nacional» e a abastecer-se de milho mais barato, vindo principalmente do Brasil. Exemplo disso é a Lusiaves, maior consumidor de milho a nível nacional, que não está a comprar milho nas cooperativas.
«Semanalmente estão a atracar no Porto de Aveiro dois barcos com milhares de toneladas de milho para abastecer os industriais do milho», adverte a associação, dando conta de cinco mil toneladas de milho por escoar nos armazéns das três cooperativas agrícolas do Baixo Mondego.
A ADACO exige que o Governo crie medidas urgentes para escoamento da produção nacional, a preços minimamente compensadores e accione urgentemente os mecanismos nacionais e europeus para que a partir de 2024, entre Setembro e Dezembro (altura do escoamento nacional), se façam apenas as importações necessárias de milho, até que a produção nacional seja escoada.