O programa foi vasto e reuniu, em diversas iniciativas (jantares, convívios, concertos, desfiles), largas centenas de jovens: estudantes, trabalhadores, desportistas, artistas, dirigentes associativos; membros da JCP, muitos deles, mas também vários outros que o não são, mas que todos os dias partilham aspirações e lutas com os jovens comunistas.

Muitas dessas lutas, aliás, têm decorrido nos últimos meses sob o mesmo lema das comemorações, «Está na tua mão lutar contra as injustiças!»: nas escolas dos ensinos Básico e Secundário, pela contratação de professores, funcionários não docentes e técnicos especializados, contra os exames nacionais, por melhores condições materiais, pelo direito a uma educação democrática. No Ensino Profissional contra a excessiva carga horária, o regime de faltas injusto e a falta de democracia. Nas universidades e politécnicos, contra as propinas e por alojamento público que responda às necessidades.

Também nas empresas e locais de trabalho, onde milhares de jovens trabalhadores se debatem com a precariedade generalizada, os salários insuficientes, os horários desregulados e o futuro cada vez mais incerto, se tem travado esta luta contra as injustiças e pela dignidade.

Está também nas mãos dos jovens, garante a JCP, lutar em defesa da cultura, do desporto, dos transportes públicos gratuitos, da igualdade e contra todas as formas de discriminação, do ambiente e da paz.

Aprendizagem, luta e valores
Nascida a 10 de Novembro de 1979, da unificação da União da Juventude Comunista com a União dos Estudantes Comunistas, a JCP assume-se nos seus princípios orgânicos como «organização revolucionária da juventude», tanto pelos seus objectivos e propostas como pela sua acção no desenvolvimento do movimento das lutas juvenis.

Na JCP, lê-se no mesmo documento, os jovens «aprendem o valor da luta organizada em defesa dos seus direitos e pela concretização das suas aspirações» e adquirem a consciência de comunistas «através do trabalho colectivo, da participação e intervenção criativa na sociedade». Ali fortalecem também os «laços de amizade, acção comum e solidariedade que unem a juventude e os povos de todo o mundo na luta contra a exploração e a opressão».

Os jovens, na JCP, «trabalham e lutam» por uma sociedade sem exploração, na qual «seja possível a plena concretização dos direitos e aspirações juvenis e em que a vida tenha os mais vastos horizontes de realização individual e colectiva — o Socialismo e o Comunismo». A JCP orienta a sua acção tendo como base teórica o marxismo-leninismo.

Todos os dias os jovens comunistas tomam a iniciativa

«Vivemos um período em que os jovens enfrentam uma cada vez maior deterioração das suas condições de vida, sempre acompanhada por um constante atropelo aos seus direitos.

É perante esta adversidade que, todos os dias, por todo o País, os jovens comunistas tomam iniciativa e dão mais força à intervenção da JCP, sob o lema Está na tua mão. Lutar contra a injustiça, pois só através da intervenção de cada um de nós – na escola, na faculdade, no local de trabalho – é que podemos concretizar um mundo realmente justo e igual, livre de exploração. (…)

São 44 anos de história, de determinação e de luta da nossa organização revolucionária da juventude, a JCP, a juventude do PCP. São 44 anos de convicção sobre um projecto político que visa transformar a sociedade, tornando cada jovem num motor desta mudança.

Na situação política nacional que enfrentamos torna-se fundamental levar mais longe a intervenção da JCP e o desafio que está colocado à juventude, ao povo e aos trabalhadores de mudar o rumo traçado para o futuro do País. Está na mão de cada um construir um caminho alternativo, de esperança, assente na actualidade dos valores e conquistas de Abril, que rompa com as desigualdades e injustiças. Um caminho alternativo que só é possível com o desenvolvimento da luta e com o reforço da JCP e do PCP.»

- excerto da intervenção de Martim Magalhães, do Executivo da Comissão Regional do Porto da JCP, na Associação de Moradores da Pasteleira, no Porto, a 10 de Novembro

Confiança no Partido, na juventude, na JCP

«Saudações, em nome da direcção do nosso Partido, a este extraordinário colectivo da Juventude Comunista Portuguesa, organização revolucionária da juventude.

Valorizamos o aniversário, mas sobretudo a acção de todos os dias – nas escolas do Ensino Secundário, do Ensino Profissional e do Ensino Superior, nas empresas e locais de trabalho, no movimento juvenil e estudantil.

Organização dos jovens comunistas portugueses, organização de juventude do Partido Comunista Português que tem na juventude as suas raízes profundas e que encontra na luta da juventude a sua força, esta saudação à JCP é também uma saudação à juventude portuguesa.

Acompanhamos as vossas lutas e as vossas reivindicações, a acção e intervenção da JCP, que dão expressão pública às reivindicações, às aspirações e aos sonhos da juventude. (…)

Estamos numa situação difícil, mas lutamos com todas as nossas forças, partindo da esperança e da confiança na nossa luta, que há-de construir um mundo melhor. Lutamos armados com a base teórica do marxismo-leninismo e com a confiança que nos dão as lições da História. Da história de mais de 100 anos do nosso Partido, de mais de 100 anos desde a Revolução de Outubro, de milénios de luta pela emancipação dos explorados e oprimidos.

Lutamos com confiança no Partido, confiança na juventude, confiança na JCP.»

- excerto da intervenção de João Oliveira, da Comissão Política do Comité Central do PCP, no Centro Dramático e Escolar «Os Combatentes», em Lisboa, a 10 de Novembro